Resenha do livro: Dez coisas que aprendi sobre o amor de Sarah Butler

quinta-feira, 3 de março de 2016




                   Título original: ten things I’ve learnt about love
              Editora Novo Conceito
              Literatura Inglesa/Ficção
              Número de páginas: 254

Sinopse: Por quase 30 anos, quando a brisa de Londres torna-se mais quente, Daniel caminha pelas margens do Tâmisa e senta-se em um banco. Entre as mãos, tem uma folha de papel e um envelope em que escreve apenas um nome, sempre o mesmo. Ele lista também algumas coisas: os desejos e o que gostaria de falar para sua filha, que ele nunca conheceu. Alice tem 30 anos e sente-se mais feliz longe de casa, sob um céu estrelado, rodeada pela imensidão do horizonte, em vez de segura entre quatro paredes. Londres está cheia de memórias de sua mãe que se fora muito cedo, deixando-a com uma família que ela ao parece fazer parte. Agora, Alice está de volta porque seu pai está morrendo. Ela só pode dar-lhe um último adeus. Alice e Daniel parecem não ter nada em comum, exceto o amor pelas estrelas, cores e mirtilos. Mas, acima de tudo, o hábito de fazer listas de dez coisas que os tornam tristes ou felizes. O amor está em todas as partes desta história. Suas consequências também. Sejam boas ou más. Até que ponto uma mentira pode ser melhor do que a verdade?

Complexo. Essa é a palavra que eu usaria para definir esse livro. Nunca havia lido nada dessa autora, portanto não sabia o que esperar da leitura. Confesso que demorei para “pegar o ritmo da história”.

Alice está com quase 30 anos e sua vida consiste em viajar de um lugar para outro, pois não vê lugar algum como sua casa, seu lar. Ela perdeu sua mãe quando tinha 4 anos, em um acidente de carro e sempre se culpou por isso, já que sua mãe havia saído para buscá-la no balé. Alice acreditava que suas irmãs, Cee e Tilly, e seu pai, Malcon, também a culpavam e, por isso, quase não suportavam olhá-la após a morte da mãe, Juliane. Mas ela não estava nem perto da verdade.

Daniel tem quase 60 anos e vive nas ruas, depois de perder seu último emprego. Vagando pela cidade, ele busca encontrar sua filha – fruto de um relacionamento com uma mulher casada – que nunca conheceu. Ele tem uma mania com cores e nomes, o que me deixava meio confusa, precisando, muitas vezes, voltar e ler novamente o trecho para entender as conexões que o personagem fazia.

“Paro na porta e sinto, só por um instante, que são um bando de estranhos, que eles são a família de alguém e que não tenho nada a ver com eles.” (p. 86)

O livro apresenta narração em primeira pessoa, intercalando os capítulos entre os dois protagonistas. No início, não há como estabelecer uma conexão real entre os dois personagens, a não ser pelas listas que ambos fazem. A partir da página 80, aproximadamente, é que começa a ser possível imaginar em que ponto a história deles irá se entrelaçar e se tornar uma só. A construção da personagem Alice é mais suave, enquanto os capítulos de Daniel são quase maçantes, pois possuem trechos de sobreposição de lembranças, algumas vezes sem conexão explícita.

O fim me deixou aturdida. Não teve o fim que imaginei. Na verdade, me deixou com a impressão de ter acabado abruptamente, meio que sem terminar o que havia começado. A capa está linda com esse fundo azul (minha cor predileta rs). As folhas também são uma graça, com uma flor em cada capitulo, parecendo que foram amarradas ali – o que remete a momentos da história. A diagramação é simples e as páginas são amareladas.

Para você que quer ler esse livro, lhe aconselho que tenha uma mente aberta e que não desista antes da história engrenar de verdade, caso contrário, não saberá o que une Alice e Daniel, que parecem vagarem sem rumo, mas que podem ser o que ambos estavam procurando...


                             Gabriele Sachinski

2 comentários:

  1. Oi Gabriele!
    Eu peguei esse recebi a amostra desse livro da NC e gostei das primeiras páginas, depois eu recebi o livro completo e acabei me desinteressando, e larguei o livro (eu sei, que vergonha haha), mas acabei achando maçante mesmo, espero ter vontade de continuar um dia porque agora eu fiquei curiosa com esse final hahaha ótima resenha!
    Beijos!
    http://www.trocandodisco.com.br/

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    Respostas
    1. Olá Fernanda, como vai?

      Obrigada!
      Confesso que também tive vontade de abandonar o livro, mas sou muuuito teimosa para isso hahaha. Ele é meio cansativo, mas dá para tirar algumas lições de vida dele.
      Se voltar a ler o livro, me conta o que achou :)

      Beijos.

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