Título original: One last thing before i go
Editora Arqueiro
Literatura estrangeira/Drama
Número de páginas: 256
Sinopse: Não é preciso ser nenhum gênio para perceber que a vida de Drew Silver é uma sequência de decisões equivocadas. Faz quase uma década que sua banda de rock emplacou uma música, filha única de mãe solteira. Desde então, a banda se separou, sua mulher o largou e Silver tem assistido a vida passar, tocando em casamentos – quando aparece algum – e descontando os cheques cada vez menos frequentes que recebe pelos direitos autorais de seu único sucesso. Silver então descobre que a ex-mulher está prestes a se casar de novo e que a filha adolescente, Casey, está grávida. Para completar, depois de sofrer um derrame que o deixa incapaz de controlar a língua e guardar para si o que pensa, ele precisa de uma cirurgia no coração. Diante desse cenário, o músico fracassado depara com a pergunta decisiva: será que vale a pena salvar uma vida tão mal vivida? Assim, sob o olhar exasperado da família, ele toma a decisão radical de se recusar a fazer a cirurgia e dedicar o pouco tempo que lhe resta a tentar consertar o relacionamento com Casey e aproveitar a vida – mesmo que ela não dure muito. Com diálogos rápidos, irônicos e sagazes, Jonathan Tropper confirma sua habilidade em retratar com humor e perspicácia o lado oculto da família moderna.
Fiquei fã de Jonathan Tropper depois que li o seu livro, Sete Dias Sem Fim que é uma tragicomédia sensacional e tem resenha no blog. Quem gosta de protagonistas reais, cheios de problemas hilários e até meio tristes, vai se deliciar com a narrativa e as tramas do autor. Quando soube do lançamento desse título, corri para ler porque sabia que seria uma leitura prazerosa, embora o final tenha ficado um pouco no ar para mim.
A história é sobre Drew Silver, um ex-integrante de uma banda de rock que emplacou somente uma música de sucesso há mais de 10 anos. Ele continua se apresentando em festas de casamento, quando lhe chamam, mas a sua vida virou de pernas para o ar. Depois que o vocalista abandona a banda para ter uma carreira solo (e consegue fazer sucesso, para raiva dos integrantes), a banda deixa de existir e cada um vai um lado.
Porém, Drew não desiste de ser músico que é o seu grande sonho, mesmo que isso custasse seu casamento e o relacionamento com a filha Casey. Depois de vários problemas, Drew é abandonado pela esposa Denise e perde o contato com Casey. Ele passa a viver uma vida solitária, sem amor e nem ninguém. Até que descobre que a ex-mulher se casará novamente e que a filha adolescente está grávida.
Além disso, ele sofre um derrame e descobre que precisa operar um aneurisma se quiser continuar vivendo. Por ironia do destino, o seu médico é o futuro marido da ex-mulher que ainda ama. Drew está convicto que não fará a cirurgia, deixando todos preocupados e perplexos, mas refletindo sobre sua vida, ele não quer voltar a ter aquela vida medíocre e promete que tentará ser um pai melhor, um homem melhor, se apaixonar e morrer.
"Ele acorda e pensa: Estou vivo. Esse fato simples o enche de uma sensação de conquista. Não morreu dormindo." pág 99
A partir daí, a vida de Drew passa a ser uma grande aventura. Ele mora num hotel e seu melhores amigos Jack e Oliver também moram lá, sendo todos solitários e abandonados pela família. Eu adorei Jack e Oliver, me diverti muito com eles. Eles são essenciais nessa busca da nova vida de Drew. Casey também vai morar com o pai porque sua gravidez foi um choque para a mãe e vê no pai a oportunidade de uma nova aproximação, além de tentar convencê-lo a fazer a cirurgia.
Drew não é um protagonista santinho e sofredor. Ele tem muita culpa no cartório por ter esse vida péssima que leva e por ter sido abandonado pela mulher. Casey foi ignorado por ele durante muito tempo e apesar da mágoa que carrega do pai, ela lhe dará uma nova chance. Jonathan tem um dom de fazer com que tenhamos dó e pena de personagens errados kkkkk. Mas a verdade é que torci muito por ele e o final foi uma surpresa. Eu não tinha entendido muito bem, mas enquanto fazia essa resenha, parece que caiu a ficha. O final fez sentido sim, no começo não tinha gostado, mas agora eu assimilei e aprovei.
As aventuras que Drew passa no livro são sensacionais e mostram que todos merecem uma segunda ou terceira chance. A doença fez Drew repensar na vida e querer mudar para melhor, portanto não precisamos deixar chegar a esse ponto para sermos felizes. Quanto mais rápido quisermos mudar, mais rápido conseguiremos cumprir nosso destino. Adorei todos os personagens, principalmente, Drew, Jack, Oliver, o futuro marido de Denise e Casey. A história agregou muito em minha vida.
Será que Drew terá sua família de volta? Será que ele realizará seus desejos? Será que ele fará a cirurgia? Só lendo para saber. A narrativa está em terceira pessoa e é fluida e gostosa de ler. As páginas são amareladas e a diagramação é simples. A capa está bem chamativa e bonita. Recomendado!!!!