Minha Caixinha do Correio #52

terça-feira, 31 de maio de 2016


Oi gente,

Vamos para mais uma caixinha do correio. Vem ver os recebidos!





Cortesias




Recebi da editora Darkside,  o livro "O Circo Mecânico Tresaulti" de Genevieve Valentine. Essa edição limitada de capa dura está maravilhosa <3. A resenha está aqui. Obrigada Darkside.





Recebi da editora Novo Conceito, o livro "Qualquer Outro Lugar" de A. G. Howard. Em breve resenha. Obrigada Novo Conceito!





Recebi da editora Arqueiro, o livro "O Quarto Dia" de Sarah Lotz junto com bottom. Em breve resenha. Obrigada Arqueiro!





Recebi da editora Arqueiro, o livro "A Trama" de Michael Jensen e David Powers King junto com bottom. Em breve resenha. Obrigada Arqueiro!





Recebi da editora Petit, o livro "Pelos Caminhos da Vida" de Cristina Censon. Em breve resenha. Obrigada Petit!



Beijos

Resenha do livro: A Garota que tinha Medo de Breno Melo

sábado, 28 de maio de 2016




                 Editora Chiado
                 Literatura nacional/Drama
                 Número de páginas: 277



Sinopse: Marina é uma jovem que faz tratamento para a síndrome do pânico. Às voltas com o ingresso na universidade, um novo romance e novas experiências, Marina tem seu primeiro ataque de pânico. Sua vida vira de cabeça para baixo no momento mais inapropriado possível e então psiquiatras e psicólogos entram em cena. Acompanhamos suas idas ao psiquiatra e ao psicólogo, o tratamento farmacológico e a psicoterapia. Ao mesmo tempo, conhecemos detalhes de sua vida amorosa e sexual, universitária e profissional, social e familiar na medida em que elas são marcadas pela síndrome. Um tema atual. Uma excelente obra tanto para conhecimento do quadro clínico como entretenimento, narrada com maestria e de uma sensibilidade notável.


Em seu livro, Breno Melo nos transporta ao Paraguai. Lá, ele vai contar a história de Marina, uma garota normal que, aos 18 anos, só queria passar no vestibular e arrumar um novo namorado. Mas sua mãe não achava que ser ‘normal’ fosse suficiente para sua filha. Não, ela queria mais. E por isso estava todo o tempo pressionando Marina: estude mais, se inscreva nesse vestibular, não se envolva com alguém agora, estude mais, se inscreva em mais esse vestibular, vá à igreja, estude mais, não vá ao shopping, estude mais.

Marina não sabia dizer ‘não’ para sua mãe e passava a se cobrar cada vez mais, ficando praticamente sem tempo para si e sem liberdade para fazer o que deseja – como sair com Júlio, sua nova paquera. Quando consegue passar no vestibular de jornalismo, Marina pensa que terá mais liberdade e que sua vida vai começar a melhorar. É quando acontece a primeira crise.

Acreditando que seu ataque foi apenas estresse, ela o ignora e segue sua vida como se nada tivesse acontecido. Frequentando a universidade, faz algumas amizades e é apresentada à cocaína, o que não lhe traz boas experiências e faz com que tenha que conversar com o reitor da universidade. Pelo menos seu namoro com Júlio vai bem. Ou ia, até ela ter outra crise e ele, sem saber o que fazer, dar um tapa na cara dela.

Depois desse episódio lamentável, o namoro vai de mal a pior. Além disso, as crises passam a ser mais frequentes, até que acontece uma durante uma avaliação na universidade e Marina é rotulada, por seus colegas de classe, como estranha e louca. Quando vai procurar ajuda, ela ouve pela primeira vez as palavras que mudariam completamente a sua vida: Síndrome do Pânico. Depois disso, ela é encaminhada a um psiquiatra e faz uma bateria de exames. Até ter o resultado em mãos e iniciar o tratamento, ela se isola ainda mais, com medo de sair de casa, sofrer outro ataque e ser novamente tachada como louca.

“Me tornei a protagonista de uma história que eu não queria interpretar, passei a ser o centro das atenções e a me sentir humilhada. Nunca mai fui a mesma depois do primeiro ataque, temendo as pessoas e os lugares” (pág. 133)

Marina não quer ser panicosa, mas não há nada a ser feito quanto a isso. Aos poucos ela se conforma e então passamos a acompanhar Marina às consultas com o psiquiatra e às sessões psicoterapêuticas. Aos pouquinhos, ela vai descobrindo a causa.

Será que Marina conseguirá se curar e seguir adiante com sua vida? Ou seus medos serão mais fortes que ela? O quão normal a vida pode ser para uma panicosa (ou ex panicosa)? Você teria coragem suficiente para enfrentar seus traumas ou preferiria esconder-se atrás de remédios ou de um cobertor?

As folhas são amarelas e a diagramação das páginas é simples. O olhar amedrontado da garota retratada na capa casa muito bem com a narrativa e nos deixa, logo de cara, compadecidos com seu sofrimento. A história é narrada em primeira pessoa e tem um ritmo tranquilo, dando a impressão de que a própria Marina está sentada ao nosso lado, nos contando sobre sua vida. O livro é divido em partes e, em cada uma delas, o autor conta um pedacinho da vida de uma jovem como tantas outras, como eu ou você. E é justamente nesse ponto que eu queria chegar.

Transtornos mentais podem acometer qualquer pessoa, sem necessidade de que uma grande tragédia aconteça na sua vida. Quantas vezes ignoramos ou desdenhamos (ou vemos alguém fazer isso) de uma pessoa que esteja passando por isso, dizendo não passar de ‘frescura’?  Ler esse livro me fez pensar em questões como essa e, com isso, observar mais as pessoas, sem julgá-las ou tachá-las de loucas, pois elas não precisam ser julgadas, mas sim apoiadas.

Termino essa resenha com essas reflexões. Espero, sinceramente, que você leia esse livro com o coração aberto e que também se atenha a esses detalhes. Esteja preparado para se emocionar e vibrar com a força e a coragem que essa personagem tem.


Gabriele Sachinski



Meus óculos de grau do Aliexpress e da 25 de Março

segunda-feira, 23 de maio de 2016
Oi gente,

Vem ver os meus óculos de grau do Aliexpress e da 25 de Março.

Se inscreva no canal para ficar por dentro dos próximos vídeos.


bjs



                           



Link do vendedor:




Resenha do livro: A Menina Que Não Acredita em Milagres de Wendy Wunder

quinta-feira, 19 de maio de 2016




             Título Original: The girl who does not believe in miracles.
             Editora Novo Conceito
             Literatura estrangeira/Drama
             Número de páginas: 249


Sinopse: Campbell tem 17 anos. Ela não acredita em Deus. Muito menos em milagres. Cam sabe que tem pouco tempo de vida, por isso quer viver intensamente e fazer tudo o que nunca fez, no tempo que lhe resta. Mas a mãe de Cam não aceita o fato de perder a filha, assim, ela a convence a fazer uma viagem com ela e a irmã para Promise um lugar conhecido por seus acontecimentos miraculosos. Em Promise, Cam se depara com eventos inacreditáveis, e, também, com o primeiro amor. Lá encontra, finalmente, o que estava procurando mesmo sem saber. Será que ela mudará de ideia em relação à probabilidade de milagres? A Menina que não Acredita em Milagres vai fazer você rir, chorar e repensar sua conduta de vida.

Cética é a palavra que defini Campbell, uma adolescente de 17 anos que está morrendo de câncer terminal. Ela não acredita em Deus e nem em sobrenatural, por isso se agarra nas explicações científicas até presenciar fenômenos raros que aconteciam apenas em um lugar, Promise. 

Durante toda a vida de Cam, ela sempre teve câncer e ele faz parte ativamente de sua vida. Ela não se recorda de uma vida sem ele e, por esse motivo, sempre esteve preparada para o fim – a morte –, já que era a única certeza que tinha sobre o futuro.

Um dia, quando ela e sua melhor amiga Lily estavam no acampamento de verão, Lily teve a ideia de que elas escrevessem uma lista com todas coisas que desejavam fazer antes de morrer, a qual elas chamaram de “Lista do Flamingo”. Mesmo relutante Cam a cria, e segundo Lily, o simples ato de escrever seus desejos em um papel, já seria o bastante para que eles fossem realizados. Depois de seu último diagnóstico, Cam espera a morte que agora está mais próxima do que nunca. Porém, quer realizar todos os desejos da lista antes de morrer. 

Ao contrário de Cam, sua mãe Alicia, não está preparada para dizer adeus a filha. Ela leva Cam de um médico a outro, de uma cidade a outra em buscar de uma cura, mas para a ciência não existe mais nada que se possa fazer, pois o câncer está por toda parte. Sua mãe não desiste tão fácil e como acredita em milagres, fará o possível e o impossível para a cura da filha. 

"Mais tarde, ela descobriu que podia ser uma princesa. Não uma princesa de verdade, mas algo mais que uma paciente com câncer. Ela podia escolher o câncer e a felicidade ou as outras partes maravilhosas de sua personalidade. Ela era dançarina, estudante, irmã, assistente veterinária, namorada. Podia transformar o câncer em uma parte muito menor de seu ser. Pela primeira vez em um tempo muito longo, o câncer não era tudo.” Pág 209


Cam, sua mãe e sua irmã Perry vão à Promise, a cidade mágica onde milagres acontecem. Lá existem dentes de leão lilases, flamingos que aparecem misteriosamente e filhotes de cachorros que são curados milagrosamente quando estão morrendo. Cam viverá uma grande aventura, encontrará o amor e será feliz como nunca foi em sua vida inteira. Ela aprenderá que tudo é possível e que poderá ter uma vida normal.

A menina que não acredita em milagres é o tipo de livro que desde o começo você sabe o que vai acontecer, mas não quer que aconteça. O livro se resume em risos, lágrimas, raiva e nostalgia. É maravilhoso e nos faz pensar na vida e no que realmente acreditamos.

Os personagens são bem construídos e é impossível não amá-los. Cam é uma garota incrível, pois é corajosa, engraçada, sarcástica e divertida e mesmo doente, sempre encara tudo com humor e não se deixa abalar pela possibilidade de uma morte precoce. Durante toda a trama vemos uma evolução muito grande dos personagens, principalmente em Cam, pois ela amadurece muito e no fim se torna uma pessoa melhor. Asher é o cara perfeito, o sonho de qualquer garota e Perry é a irmãzinha caçula mais fofa, engraçada e inteligente do mundo.

O livro é narrado em primeira pessoa e a história é muito boa e envolvente. A trama é surpreendente e me agradou bastante. Foi o livro mais lindo que eu li esse ano, pois ele nos ensina muitas lições como valorizar o tempo e a vida que temos e que cada momento é infinito, mesmo que não dure para sempre. 

Yara Macêdo



Resenha do conto: A Máscara da Morte Escarlate de Edgar Allan Poe

segunda-feira, 16 de maio de 2016




Título original: “The Mask of Red Death”



Um certo país foi invadido pela “Morte Escarlate”, uma peste que matava em menos de 30 minutos. Sua maior marca era o sangue e por isso também era conhecida como a Peste Rubra. Esse país era governado pelo príncipe Próspero, um homem muito corajoso, mas que se escondeu em uma fortaleza com medo da Peste. Porém, ele não se escondeu sozinho: mandou chamar um milhar de amigos (homens e mulheres) saudáveis e fizeram de um mosteiro fortificado sua nova morada. 

Enquanto o povo morria pelas ruas do país, o príncipe e seus amigos promoviam banquetes e festas na fortaleza. Para essas festas, eram decorados os sete salões do ‘castelo’, que eram um de cada cor, desde as tapeçarias até a cor dos vitrais: azul, púrpura, verde, laranja, branco, roxo e preto. O último era exceção, pois seus vitrais eram escarlates, da cor do sangue.  Um dia, o príncipe resolveu dar um baile de máscaras.

Durante o baile, os convidados podiam circular livremente pelos sete salões, mas o salão negro era o menos movimentado. Nele havia um relógio de ébano que batia seu pêndulo de hora em hora, ressoando por toda a fortaleza e cessando, momentaneamente, a festa. A luz refletida nos vitrais vermelhos criava uma atmosfera estranha, a qual poucos tinham coragem de adentrar. 

“Daí a pouco soa o relógio de ébano colocado no salão de veludo. Então, por um momento, tudo se imobiliza e é tudo silêncio, menos a voz do relógio. Os sonhos se congelam como estão.” pág. 4

A cada badalada do relógio, um mundaréu de sensações – desagradáveis, em sua maioria – inundava os participantes da festa. Quando o relógio marcou meia noite, eles notaram um novo convidado mascarado, que mais parecia um morto vivo. Será que alguém resolveu pregar uma peça no príncipe e em seus amigos? Ou será que alguém havia convidado a Morte Escarlate para a festa? Ou talvez a Morte não precisasse ser convidada?

Edgar Allan Poe é um mestre da literatura e consegue recriar os cenários de uma forma bem realista. Em certos momentos, durante a leitura, parecia que a temperatura ao meu redor havia caído vários graus e eu estava naquele salão, tendo uma visão inesperada. Além de ser bem curtinho e de fácil leitura, esse conto aborda temas bastante atuais, pois não são poucas as vezes em que nós, o povo, somos abandonados por nossos governantes à mercê de nossa própria sorte. 

Vale a pena ler! Super recomendo! :)


                             Gabriele Sachinski

Resenha do livro: Enquanto Bela Dormia de Elizabeth Blackwell

sexta-feira, 13 de maio de 2016





                  Título original: While beauty slept
                  Editora Arqueiro
                  Literatura estrangeira/Romance
                  Número de páginas: 368



Sinopse: Nos salões de um castelo, uma confidente leal guardou por muitos anos os segredos de uma rainha linda e melancólica, uma princesa que só queria ser livre e uma mulher que sonhava com a coroa. Esta é sua história. Ambientada em meio ao luxo e às agruras de um reino medieval, esta releitura de A Bela Adormecida consegue ser fiel ao clássico ao mesmo tempo que constrói uma narrativa recheada de elementos contemporâneos. Nessa mescla, os dramas de seus personagens – um casal infértil, uma jovem que não aceita viver em uma redoma e uma família despedaçada pela inveja – tornam-se atemporais. Quando a rainha Lenore não consegue engravidar, recorre aos supostos poderes mágicos da tia do rei, Millicent. Com sua ajuda, nasce Rosa, uma menina linda e saudável. No entanto, a alegria logo dá lugar às sombras: o rei expulsa de suas terras a tia arrogante, que então jura se vingar. Seu ódio se torna a maldição que ameaça a vida de Rosa. Assim, a menina cresce presa entre os muros do castelo, cercada dos cuidados dos pais e de Flora, a tia bondosa e dedicada do rei que encarna a fada boa do conto original. Mas quando todas as tentativas de proteger Rosa falham, é Elise, a dama de companhia e confidente da princesa, sua única chance de se manter viva. E é pelos olhos dessa narradora improvável que conhecemos todos os personagens, nos surpreendemos com o destino de cada um e descobrimos que, quando se guia pelo amor – a magia mais poderosa do mundo –, qualquer pessoa é capaz de criar o próprio final feliz.


Eu sou apaixonada por novas versões dos contos de fadas em filmes e livros, por isso já li e vi diversos títulos. "Enquanto bela dormia" é a versão reformulada da bela adormecida e posso dizer que é sensacional e mega diferente das outras versões que já tive contato. Eu amei a história e te convido a adentrar nos salões de um castelo em que uma confidente leal guardou por muitos anos os segredos de uma rainha linda e melancólica, uma princesa que só queria ser livre e uma mulher que sonhava com a coroa.

A história é contada em primeira pessoa por Elise, uma senhora muito idosa que está narrando para sua neta favorita, a verdadeira história de sua vida e da bela adormecida. É através de sua narração que conhecemos essa história fantástica e tudo começa na sua infância. 

Elise é uma garota de 14 anos que vive na fazenda com sua mãe, irmãos e padastro (ela descobriu a pouco tempo que nasceu antes de sua mãe se casar. Sua mãe engravidou dentro do castelo onde trabalhava). Elise tem uma vida simples e com muitas restrições, mas acredita que seu futuro será melhor. Porém, inesperadamente, sua vida vira de ponta cabeça porque a varíola assola a fazenda e mata sua mãe e mais quatro irmãos, só restando um irmão mais velho e seu padastro.

Sua mãe antes de morrer lhe disse o nome da governanta do castelo e de sua irmã Agna, portanto, ela decide ir embora da fazenda e tentar a vida na cidade grande: St. Elsip. Lá ela pede auxílio a sua tia Agna que nunca havia conhecido e fica uns dias em sua casa, até se apresentar no castelo para a Sra. Tewes e conseguir o emprego. Agna e a sra. Tewes sabem o segredo de sua mãe que só será revelado no tempo certo. Elise também conhece os inquilinos de sua tia e fica interessada em Marcus, o filho da sapateiro, que será muito importante em sua vida.

Dentro do castelo, Elise inicia uma amizade com Petra, uma criada do castelo e está muito contente com essa oportunidade de trabalho. Ela também conhece Millicent, a tia idosa e esquisita do rei Ranolf que tem supostos poderes mágicos que se simpatiza por ela e isso terá grandes consequências negativas no futuro. Millicent guarda um grande rancor por não ter sido a rainha do castelo e não desistirá de possuí-lo. Flora é a irmã de Millicent e diferentemente dela, é bondosa e protegerá a todos enquanto viver.

A rainha Lenore é uma mulher belíssima e que se casou por amor. Ela pertencia há um reino distante e largou tudo pelo rei. O único problema do casal é que a rainha não conseguia conceber um herdeiro depois de tantos anos de casados e fica desesperada, pois o reino será herdado pelo irmão do rei Bowen, um homem sem escrúpulos e soberbo.

"Tenho vontade de chorar por aquela jovem inocente, que acreditava com tanto fervor que o amor vence tudo. Porque a rainha tinha razão. A evolução do amor quase nunca é suave, e meu caminho viria a se tornar realmente pedregoso." página 163

Millicent e a rainha passam muito tempo juntas e em uma das viagens, Millicent faz uma magia e a rainha fica fértil, mas em troca pede obediência dela. Como está desesperada, Lenore aceita, mas se arrependerá amargamente no futuro por esse ato. Lenore engravida e a gestação segue sem problemas até que no difícil trabalho de parto, Millicent é expulsa do reino por sua intromissão e ela jura vingança e o destino de St. Elsip está traçado amargamente.

A princesa Rosa é declarada herdeira do trono e seu tio Bowen não fica nada satisfeito com os planos do irmão e será um grande inimigo para o reino. Com esses acontecimentos, o futuro da corte é péssimo.A vida nos salões do castelo e na cidade é bem agitada. Elise está sempre acompanhando Lenore e Rosa e caberá a ela um papel muito importante na proteção de Rosa e no futuro do reino. Por causa do cuidado extremo da rainha com sua filha, Rosa cresce sem contato com o mundo exterior para sua infelicidade, pois só quer levar uma vida normal e livre. 

A trama possui reviravoltas sensacionais e que me deixaram de boca aberta. O final foi surpreendente e o livro se tornou um dos meus preferidos. Elise vive muitas aventuras e por maus bocados. Só posso dizer que a história é inesperada e maravilhosa. Se você gosta de contos de fadas, leia!

Elise é uma protagonista determinada, decidida, teimosa, inteligente e fiel. Ela segue até o fim os seus propósitos e não abandonará Rosa. Adorei Rosa e sua vontade de ser livre e Marcus e seu amor verdadeiro por Elise. A história me marcou por ter um enredo inesperado e diferente, pois mesmo com situações mais reais, podemos ver os detalhes da versão contada pela Disney. A história fica na cabeça mesmo depois de muito tempo lido.

A narrativa está em primeira pessoa por Elise, é fluída e de rápida leitura. A diagramação é simples e as páginas são amarelas. A capa está belíssima e me encantou. Se você quer ler um conto de fadas mais real e com elementos que poderiam acontecer, Enquanto Bela Dormia é perfeito para você.

Favoritado. Amei <3 <3


Resenha do livro: Cova 312 de Daniela Arbex

segunda-feira, 9 de maio de 2016





            Editora Geração
            Literatura nacional/Não-ficção/Jornalismo
            Número de páginas: 344


Sinopse: Menos de dois anos depois de seu surpreendente best-seller de estreia, “Holocausto  brasileiro”, Daniela Arbex volta com mais um livro corajoso e revelador. Escrito como um romance, nele se conta a história real de como as Forças Armadas mataram pela tortura um jovem militante político, forjaram seu suicídio e sumiram com seu corpo. Daniela Arbex reconstitui o calvário deste jovem, de seus companheiros e de sua família até sua morte e desaparecimento. E continua investigando até descobrir seu corpo, na anônima Cova 312 que dá título ao livro. No final, uma revelação bombástica muda um capítulo da história do Brasil. Uma história apaixonante, cheia de mistério, poesia, tragédia e sofrimento.

Eu sou apaixonada por livros históricos e jornalísticos, pois podemos nos aprofundar no nosso passado e descobrir detalhes que nunca foram mencionados nos livros de história. Muitas vezes, só lemos livros históricos estrangeiros, porém o Brasil possui muitas épocas que merecem ser melhor estudadas para que nunca mais volte a reaparecer no país.

"Cova 312" é escrito pela Daniela Arbex, a mesma autora do livro "Holocausto Brasileiro" que eu amei e recomendo de olhos fechados. O livro Holocausto Brasileiro fala sobre as péssimas condições e tratamentos que eram oferecidos aos pacientes do Hospício de Colônia em Barbacena/MG. É revoltante tudo o que ela nos mostra e serve para não deixarmos no esquecimento todo o sofrimento e injustiças que os pacientes passaram. A resenha está aqui.

Em "Cova 312", Daniela volta com mais uma investigação jornalística. Dessa vez, ela pesquisa a ditadura militar no Brasil, mais especificamente, descobrirá o que aconteceu com um guerrilheiro e onde seu corpo foi enterrado. Além de contar histórias de outros jovens que também foram torturados pelos militares.

O livro tem como personagem principal Milton Soares de Castro, um militante político que foi torturado e assassinado pelas forças Armadas, mas que teve a morte forjada como suicídio e o corpo desaparecido pelos militares. A família do jovem ficou mais de 30 anos sem saber sobre o paradeiro de Milton, até que Daniela descobre sua verdadeira história.

Daniela nos apresenta os motivos pelo qual Milton virou um militante, a história de seus companheiros e de sua família, o momento de sua prisão até a morte e o desaparecimento. Milton foi um entre tantos jovens que foram mortos pela ditadura militar, mas que representa todos os companheiros de causa que eram contra o situação política do país.

O livro é contado como um romance em terceira pessoa, por isso é uma leitura bem envolvente e fácil de ler. Também é narrado em primeira pessoa por Daniela o que dá um toque mais pessoal na investigação. Daniela inicia essa pesquisa para uma matéria no jornal, porém a investigação vai muito além de uma simples reportagem. Ela consegue desmembrar verdades escondidas a sete chaves desse período negro, e finalmente descobre o que aconteceu com Milton, que foi enterrado como anônimo na cova 312.

A ditadura militar no Brasil ainda é tratada com cuidado e possui muitas arestas soltas que não foram escancaradas. Muitos militares envolvidos na época se recusam a falar sobre o assunto e não colaboram com as investigações. Muitas famílias ainda desconhecem o paradeiro de entes desaparecidos nessa época tortuosa e muitos sobreviventes vivem com grandes traumas das torturas.

Além de falar sobre Milton, Daniela também apresenta a história de muitos militantes que morreram e sobreviveram nas prisões. É muito chocante sabermos das torturas e mortes horrorosas que existiram nas prisões clandestinas e como esse governo foi capaz de ficar tanto tempo no poder.

Esse tema é pesado, mas é necessário ser debatido e conhecido pelas gerações mais recentes, para que essa barbárie não volte a acontecer na história do Brasil. A diagramação está bem caprichada com muitas fotos e documentos originais da época e dos militantes citados na investigação. Cada capítulo tem uma imagem de ilustração e o livro é dividido em três partes: nascimento e morte de um guerrilheiro, anatomia de uma dos maiores presídios da ditadura e segredo revelado.

As páginas são brancas e a capa é chamativa. Gostei bastante do livro e recomendo para quem quer se aprofundar mais nesses anos traumáticos do Brasil.

OBS: Em uma entrevista, Daniela disse que escolheu falar sobre um guerrilheiro desconhecido porque Milton Soares de Castro foi o único civil da guerrilha do Caparaó e também o único encontrado morto na Penitenciária de Linhares, em Minas Gerais, um dos presídios políticos mais importantes do país. Cova 312 é a história de Milton e também de muitos militantes que ficaram presos em Linhares. Revela a rotina de uma cadeia desconhecida para os brasileiros.

A entrevista da Daniela Arbex está aqui.

 Momento da prisão de Milton Soares de Castro e a cova 312 onde estava enterrado.



Milton Soares de Castro

Resenha do livro: Amigo Secreto de Sylvia Day

segunda-feira, 2 de maio de 2016
  




           Título original: Wish List / Blood and Roses
           Editora Paralela
           Literatura Estrangeira/Erotismo
           Número de páginas: 118


Sinopse: “Em Amigo secreto, a autora narra duas histórias contemporâneas, bem apimentadas e muito românticas que certamente farão as leitoras perderem o fôlego. A primeira, que dá título ao livro, conta a história de Nick e Steph, colegas de trabalho que secretamente sentem uma enorme atração um pelo outro. Isso até o momento que Nick tira Steph no amigo secreto e escolhe um presente claro e direto: uma foto sensual e provocadora que promete esquentar as coisas entre eles. Já a segunda narra o relacionamento difícil e obsessivo de um casal que se vê envolvido na investigação e no roubo de joias de Gideon Cross.”


Amigo Secreto traz dois contos não muito longos e bem 'calientes'. No primeiro, intitulado “Amigo Secreto”, temos como protagonistas Nicholas James e Stephanie Martin, ambos advogados que trabalham no mesmo escritório. Nick tem fama de namorador, enquanto Steph é toda certinha. O fato dele ser mulherengo é o que faz com que Steph negue e esconda a forte atração que sente por ele – que, aliás, é recíproca. Mas, ao contrário dela, Nick não parece querer negar seus sentimentos. Porém, conhecendo bem Steph, ele não sabe como se declarar para ela, principalmente, porque ele já se deu conta de que o que sente por Steph não é apenas uma atração passageira. 

Quando Nick tira o nome de Steph no amigo secreto do escritório e encontra uma lista bem safadinha que ela havia escrito, revelando suas fantasias com Nick, ele começa a planejar seu presente 'hot' de amigo secreto, o que os levam para um encontro na casa dele e à realização da maioria dos desejos da lista dela.

“Em algum momento, o desejo unicamente sexual que sentia por ela se transformou em algo mais. Talvez aquilo tenha acontecido no último caso em que trabalharam juntos, quando ele ficou impressionadíssimo com a inteligência dela.” (p. 18)


Durante o encontro, Nick se declara e diz para Steph que ele não a vê como um caso passageiro e que pretende mudar o que for preciso para ficar com ela. Steph se derrete toda, mas, enquanto ele estava dormindo, foge e fica dias sem dar notícias. Nick vai atrás dela e descobre que o motivo que a fez fugir e negar seus sentimentos é muito mais forte do que ele pensava.

No segundo conto, “Sangue e Rosas”, temos como casal protagonista Anastasia Miller e Jake Monroe. Ele é delegado da cidadezinha de Whisper Creek. Ela se mudou há anos para a cidade grande, onde trabalha como detetive particular em uma seguradora. Ambos investigam roubos, mas com propósitos diferentes: ela quer o dinheiro da comissão por recuperar os objetos e ele quer justiça. 

Jake e Ana se amam desde a adolescência, mas terminaram o relacionamento quando Ana decidiu ir embora da cidade, sem explicações. Na verdade, ela só queria proteger Jake, pois os pais dela são ótimos larápios – daqueles que executam os mais audaciosos roubos e nunca são pegos, passando a imagem de “típica família feliz e honesta” – e Ana não queria que ele tivesse que escolher entre ela e seus princípios. 

Doze anos depois, Ana volta à cidadezinha. Sua mãe e seu irmão são responsáveis pelo roubo de uma tiara de diamantes raros, a qual ele deve recuperar. É claro que em uma cidade pequena o encontro dos dois é inevitável. E com isso, os sentimentos há tanto tempo sufocados afloram.

“Ana respirou fundo. Ele era tudo o que ela sempre quis, mas não podia ter. Homens da lei e criminosos não costumavam se juntar.” (p. 77)

Ana e Jake logo desistem de tentar se manterem afastados e Ana acaba contando a verdadeira história de sua família, inclusive o envolvimentos deles (e do irmão de Jake) no roubo dos diamantes. Para piorar, a mãe de Ana está correndo risco de vida. Será que o amor de Jake por Ana será mais forte que sua paixão pela Justiça e pela Lei? Eles poderão, finalmente, ficar juntos? Ou eles realmente estão em lados opostos?.

Os dois contos são narrados em terceira pessoa. Eu gostei bem mais do segundo, pois houve um cuidado maior na construção das personagens e da história, sem ficar apenas em cenas de sexo como ocorreu no primeiro conto. 

A capa é dura e remete à renda vermelha. As páginas são amarelas e os capítulos são curtos, como eu gosto rs. O efeito de renda é usado também na borda superior da primeira página de cada capítulo, deixando-os bem delicados.



                             Gabriele Sachinski


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