Título original: “The Mask of Red Death”
Um certo país foi invadido pela “Morte Escarlate”, uma peste que matava em menos de 30 minutos. Sua maior marca era o sangue e por isso também era conhecida como a Peste Rubra. Esse país era governado pelo príncipe Próspero, um homem muito corajoso, mas que se escondeu em uma fortaleza com medo da Peste. Porém, ele não se escondeu sozinho: mandou chamar um milhar de amigos (homens e mulheres) saudáveis e fizeram de um mosteiro fortificado sua nova morada.
Enquanto o povo morria pelas ruas do país, o príncipe e seus amigos promoviam banquetes e festas na fortaleza. Para essas festas, eram decorados os sete salões do ‘castelo’, que eram um de cada cor, desde as tapeçarias até a cor dos vitrais: azul, púrpura, verde, laranja, branco, roxo e preto. O último era exceção, pois seus vitrais eram escarlates, da cor do sangue. Um dia, o príncipe resolveu dar um baile de máscaras.
Durante o baile, os convidados podiam circular livremente pelos sete salões, mas o salão negro era o menos movimentado. Nele havia um relógio de ébano que batia seu pêndulo de hora em hora, ressoando por toda a fortaleza e cessando, momentaneamente, a festa. A luz refletida nos vitrais vermelhos criava uma atmosfera estranha, a qual poucos tinham coragem de adentrar.
“Daí a pouco soa o relógio de ébano colocado no salão de veludo. Então, por um momento, tudo se imobiliza e é tudo silêncio, menos a voz do relógio. Os sonhos se congelam como estão.” pág. 4
A cada badalada do relógio, um mundaréu de sensações – desagradáveis, em sua maioria – inundava os participantes da festa. Quando o relógio marcou meia noite, eles notaram um novo convidado mascarado, que mais parecia um morto vivo. Será que alguém resolveu pregar uma peça no príncipe e em seus amigos? Ou será que alguém havia convidado a Morte Escarlate para a festa? Ou talvez a Morte não precisasse ser convidada?
Edgar Allan Poe é um mestre da literatura e consegue recriar os cenários de uma forma bem realista. Em certos momentos, durante a leitura, parecia que a temperatura ao meu redor havia caído vários graus e eu estava naquele salão, tendo uma visão inesperada. Além de ser bem curtinho e de fácil leitura, esse conto aborda temas bastante atuais, pois não são poucas as vezes em que nós, o povo, somos abandonados por nossos governantes à mercê de nossa própria sorte.
Vale a pena ler! Super recomendo! :)
Gabriele Sachinski
Gabriele Sachinski
Vou ler!!!
ResponderExcluirOi, Andy
ExcluirLeia mesmo e depois me conta o que achou :)
Abraços,
Gabi
Edgar Allan Poe foi um virtuose de sua arte, escreveu de forma sombria, misteriosa e, até mesmo, aterrorizante, mas o fez com maestria. Esse conto ainda não conheço, entretanto, se tratando de tal mestre, e depois dessa resenha incitadora de famintos por livros e mistérios, certamente não poderei deixar de ler.
ResponderExcluirÓtima resenha Gabriele!! ;)
Olá, Nina
ExcluirFico feliz em saber que gostou da resenha :)
Poe foi realmente um gênio, não é mesmo?
Beijinhos,
Gabi.
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirEste é meu conto favorito do Poe; amo a descrição das salas coloridas ^.^
ResponderExcluirSabia que tem um filme com Vincent Price? Dos anos dourados da Hammer. Amo a interpretação teatral do Vincent Price.
Bj, Aris.
http://arismeire.blogspot.com.br/2016/05/alma.html
Olá, Aris :)
ExcluirNão sabia do filme. Fiquei super interessada, vou assistir! Espero que seja tão bom quanto o conto...
Beijinhos