Resenha do livro: 172 Horas na Lua de Johan Harstad

segunda-feira, 21 de março de 2016






              Título Original: 172 hours on the moon
              Editora Novo Conceito
              Literatura estrangeira/Suspense
              Número de páginas: 285


Sinopse: O ano é 2018. Quase cinco décadas desde que o homem pisou na Lua pela primeira vez. Três adolescentes comuns vencem um sorteio mundial promovido pela NASA. Eles vão passar uma semana na base lunar DARLAH 2 - um lugar que, até então, só era conhecido pelos altos funcionários do governo americano. Mia, Midore e Antoine se consideram os jovens mais sortudos do mundo. Mal sabem eles que a NASA tinha motivos para não ter enviado mais ninguém à Lua. Eventos inexplicáveis e experiências fora do comum começam a acontecer... Prepare-se para a contagem regressiva.

O mundo inteiro foi a loucura por causa do anúncio da NASA que pretendia fazer uma nova viagem à Lua, e que desta vez, levaria três adolescentes sorteados para passar 172 horas no espaço. Mia Nomeland, Midore Yoshida e Antoine Devereux são adolescentes normais que se inscrevem nessa aventura. Na realidade, nenhum deles quer ir à Lua, mas é a solução que encontram para seus problemas. 

Mia, Midore e Antoine não têm nada em comum, há não ser o simples fato de que todos se candidataram para o sorteio da viagem à Lua. E ganharam. A Mia, garota norueguesa, tem sérios problemas de relacionamento com os pais por serem extremamente controladores. Ela apenas quer fazer sua banda decolar e viver de música. 

Midori, estudante japonesa, sonha em ir embora de seu país, pois quer fugir dos pais conservadores e da cultura do Japão. O sonho dela é morar em Nova York. E Antoine, garoto francês de coração, que quer apenas sumir e esquecer a ex-namorada que era o grande amor da sua vida e que o deixou por outro. Essa viagem aparece na hora certa, já que todos queriam ir embora mesmo.

172 horas na lua é um livro muito intrigante, por ser o tipo de obra que deixa o leitor aflito durante toda a leitura. Narrado em terceira pessoa, ele é dividido em três partes: antes, durante e depois. Ele é descrito nas diferentes perspectivas dos diversos personagens, sendo que a personagem Mia ganha uma atenção especial. A primeira parte é bem longa e arrastada, já que apresenta os personagens e a preparação para viagem.

 “No espaço, ninguém pode te ouvir gritar”. pág 137

Quando eles chegam à Lua é que a história fica boa e eu comecei a gostar realmente do livro. Parei apenas quando chegou ao fim. A característica principal é o suspense (não sabemos o que tem na lua). Gostei da forma que o autor fez os personagens terem uma espécie de presságio ou sexto sentido – pena que eles não deram atenção a isso – antes da viagem.

O livro é cheio de imagens para o leitor se localizar melhor. Tem mapas, imagens lunares, cartas e informações espaciais, o que acaba deixando a aparência do livro ainda melhor, mas com o tempo essas imagens acabaram me cansado. A narrativa do livro é muito boa e os acontecimentos são completamente inesperados. O autor deixa desde o início um clima de mistério e o final é chocante. Eu não sei nem descrevê-lo porque na realidade não entendi direito. 

Em relação aos personagens, minha preferida é a Midore por ser alegre. Não gostei muito da Mia, mas admiro sua coragem e determinação. O Antoine me irritou bastante por ser muito chato e medroso. No final ele acabou sendo corajoso. A diagramação é ótima, a capa é maravilhosa e as folhas são amareladas.

Fiquei em choque e sem palavras. 172 horas na Lua é aquele livro que você fecha o livro não acreditando no que aconteceu, pois foi inacreditável. Em momento algum pensei que o final seria daquele jeito. Foi surpreendente, inexplicável e arrebatador. Esse livro me fez pensar que talvez eu nunca mais veja o espaço da mesma maneira. Me fez refletir sobre o que mais pode existir lá fora que nós não conhecemos e não temos consciência de verdade.



Yara Macêdo

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