Título original: Un avion sans elle
Editora Arqueiro
Literatura estrangeira/Drama
Número de páginas: 400
Sinopse: Na noite de 23 de dezembro de 1980, um avião cai na fronteira entre a França e a Suíça, deixando apenas uma sobrevivente: uma bebê de 3 meses. Porém, havia duas meninas no voo, e cria-se o embate entre duas famílias, uma rica e uma pobre, pelo reconhecimento da paternidade. Numa época em que não existiam exames de DNA, o julgamento estende-se por muito tempo, mobilizando todo o país. Seria a menina Lyse-Rose ou Émilie? Mesmo após o veredicto do tribunal, ainda pairam muitas dúvidas sobre o caso, e uma das famílias resolve contratar Crédule Grand-Duc, um detetive particular, para descobrir a verdade. Dezoito anos depois, destroçado pelo fracasso e no limite entre a loucura e a lucidez, Grand-Duc envia o diário das investigações para a sobrevivente Lylie e decide tirar a própria vida. No momento em que vai puxar o gatilho, o detetive descobre um segredo que muda tudo. Porém, antes que possa revelar a solução do caso, ele é assassinado. Após ler o diário, Lylie fica transtornada e desaparece, deixando o caderno com seu irmão, que precisará usar toda a sua inteligência para resolver um mistério cheio de camadas e reviravoltas. Em O voo da libélula, o leitor é guiado pela escrita do detetive enquanto acompanha a angustiada busca de uma garota por sua identidade.
"O voo da libélula" já me ganhou logo na sinopse. Adoro livros de mistérios, investigação, dramas psicológicos e o enredo me cativou logo no início da leitura. A trama se passa na década de 80, onde ainda não se realizava o exame de DNA. Hoje em dia, seria muito rápido descobrir a origem da bebê sobrevivente, mas na época essa situação foi causadora de tragédias, tristezas e uma disputa sem tamanho. Essa dúvida atormentou extremamente as famílias envolvidas e a mulher sobrevivente.
A história começa na noite de 23 de dezembro de 1980 quando um avião cai no Monte Terrible entre a França e a Suíça, ceifando a vida de 145 pessoas, porém um milagre acontece. Uma bebê com apenas dois meses de vida sobrevive e é considerada um milagre por ter saído com vida dessa tragédia. O grande problema é que havia duas passageiras com dois meses de idade dentro do avião e foi praticamente impossível descobrir a sua verdadeira família por não existir o exame de DNA.
As passageiras são Lyse-Rose e Émilie, mas como as investigações duraram meses, acharam melhor chamá-la de Lylie, a junção dos dois nomes. Os responsáveis pelo caso não tinham a menor ideia qual era a origem da menina e a impressa estava em cima do caso. Todo o mundo ficou tocado com a história trágica do voo e torciam para que descobrissem a verdade. A dificuldade do caso constava na ausência de fotos das crianças, na falta de informações sobre as roupas que elas estavam no dia do acidente e pelos avós nunca terem visto as netas.
A família de Lyse-Rose de Carville é composta pelos avós Mathilda e Léonce e pela irmã Malvina. Léonce é dono de importantes negócios, por isso é riquíssimo. Seu filho e sua nora moravam na Turquia e iriam passar o natal com os avós. Malvina, então 6 anos, foi antes para a casa dos avós e ela foi a única testemunha viva que teve contato com a irmã, por isso o avô a levou a todas as audiências, deixando a menina traumatizada e esquisita.
"Uma saída. Uma derradeira esperança. E, como desde o início daquela história, a balança do destino. Para que uma família tivesse esperança, a outra precisava perder tudo." pág 104
A família de Émilie Vitral é composta pelos avós Nicole e Pierre e pelo irmão Marc. Eles são de uma família mais pobre e que já sofreu uma grande perda com a morte do outro filho do casal. Nicole e Pierra trabalham muito num trailer vendendo comidas e vivem com muita dificuldade, mas com dignidade. Seu filho e sua nora ganharam uma viagem de lazer para a Turquia e estavam voltando de viagem com a bebê. Marc ficou com os avós.
Como Léonce tinha um sobrenome importante, fez de tudo para ganhar a guarda da menina, mas com uma carta na manga do advogado dos Vitrals, Nicole e Pierre ganham a custódia de Lylie mesmo com as incertezas da justiça. Mathilde contrata o detetive particular Grand-Duc e lhe dá 18 anos de prazo para descobrir a verdade. Quando as últimas horas do detetive estão acabando, ele decide entregar seu diário para Lylie e se suicidar, por não ter sido capaz de resolver o caso. Porém, no último momento, ele descobre uma pista que deixou passar, mas é assassinado.
Lylie transtornada entrega o diário a Marc e desaparece dizendo que cometerá um grave ato. Marc não sabe se é irmão dela, mas é apaixonado por Lylie. Lylie também gosta dele, mas tem receio. Marc terá que lutar contra o tempo para descobrir o que Lylie está planejando fazer e para descobrir o grande segredo que Gran-Duc levou para o túmulo que mudará para sempre sua vida: se Lylie é ou não sua irmã.
A trama é muito ágil e dinâmica. Marc com a ajuda do diário do detetive, vai juntando as peças desse quebra- cabeça, além de ter que enfrentar a loucura da família Carville. O final foi surpreendente para mim e o achei bem condizente com a história. A narrativa está em terceira pessoa e é muito gostosa de ler. As páginas são amareladas e a diagramação é simples. Adorei a capa e o porquê do nome do livro, você descobre lendo-o. Recomendo!!! <3
OBS: O voo da libélula teve seus direitos vendidos para 25 países e ganhará uma adaptação cinematográfica.
ótima resenha, ainda não tenho o livro mas em todas as resenhas só leio elogios.
ResponderExcluirBjs
http://eternamente-princesa.blogspot.com.br/
Vou adicionar AGORA a minha lista de leituras!
ResponderExcluirhttp://harlancobenn.blogspot.com.br/
oi vc pode me dizer pq aos 18 anos a própria lylie nao fez o exame?
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