Resenha do livro: Se Eu Ficar de Gayle Forman

sexta-feira, 24 de outubro de 2014






             Título original: If I stay
             Editora Novo Conceito
             Literatura Estrangeira/Romance/Drama
             Número de páginas: 224


Sinopse: Depois do acidente, ela ainda consegue ouvir a música. Ela vê o seu corpo sendo tirado dos destroços do carro de seus pais – mas não sente nada. Tudo o que ela pode fazer é assistir ao esforço dos médicos para salvar sua vida, enquanto seus amigos e parentes aguardam na sala de espera... e o seu amor luta para ficar perto dela. Pelas próximas 24 horas, Mia precisa compreender o que aconteceu antes do acidente – e também o que aconteceu depois. Ela sabe que precisa fazer a escolha mais difícil de todas. 


Depois de todo o alvoroço em torno desse livro, eu estava super curiosa para lê-lo e com as expectativas lá em cima, porém terminei com uma sensação de vazio. Não que o livro seja ruim, pelo contrário, a história é bem forte e tudo o que a protagonista vive é muito sofrido e chocante, mas o final não me satisfez completamente porque terminou no ápice e fiquei esperando mais, apesar de ter sido uma leitura tocante.

Imagine você e sua família dentro de um carro indo visitar uns amigos em um dia com resquícios de neve e de uma hora para outra, acontecer um acidente horrível que tira de você as pessoas que mais ama no mundo. De uma hora para outra, sua vida muda drasticamente e nada mais será como antes. Você consegue ver tudo ao seu redor porque "saiu" do corpo, mas não sente nada fisicamente. Você pode acompanhar tudo a sua volta e terá que decidir se quer partir com seus pais ou permanecer viva, mas orfã. Essa é a questão que Mia terá que enfrentar.

A história é sobre Mia, uma adolescente de 17 anos que tem uma vida perfeita na medida do possível. Ela mora com os pais e com Teddy, seu irmão mais novo de 7 anos. Eles são uma família bem unida, embora ela se sinta meio deslocada por gostar de música clássica enquanto toda a família gosta de rock e pela própria aparência física que a diferencia dos demais. Os pais de Mia são compreensivos, legais e agradáveis. Teddy é uma gracinha e cheio de personalidade. 

Mia é violoncelista desde bem novinha e a música clássica é sua grande paixão. Ela namora Adam, um jovem músico de uma banda de rock que está começando a fazer sucesso. Eles, apesar das diferenças de estilos musicais e de vida, se dão muito bem e estão felizes juntos. Por serem muito novos, eles possuem algumas travas um com o outro e frequentemente me transmitiu uma relação meio fria, talvez seja porque essa relação não foi tão trabalhada no início do livro, diferentemente do final.


"Sou eu quem deve decidir. Agora sei. E isso me aterroriza mais do que qualquer outra coisa que aconteceu hoje." pág 75

Ela e Teddy são levados gravemente feridos para o hospital. Toda a trama se passa em 24 horas e Mia reflete sobre o seu passado através de flashbacks e sobre seu possível futuro. Ela se encontra na UTI e como está nesse estado de "fantasma", acompanha toda a movimentação dentro do hospital com as enfermeiras, médicos, familiares e amigos. A questão entre partir e ficar é muito forte e embora ela tenha uma presença familiar no local, não chega a ser suficiente para sua difícil decisão. Também acompanhamos todos os procedimentos médicos que Mia é submetida dentro do hospital.

Adam é um namorado fofo, apaixonado, comprometido e quer ficar perto da Mia nesse momento traumatizante. Ele será uma peça muito importante na tomada de decisão da Mia. Mia ainda tem muitos sonhos como estudar na escola de música Juilliard porque música é uma parte fundamental do seu ser e o violoncelo é praticamente a extensão do seu corpo. A todo momento, ela repensa como será seu futuro se ela decidir ficar e se valerá a pena ficar longe dos pais e da antiga vida que conhecia.

Fiquei mexida em algumas cenas porque tudo é muito direto e franco como a cena do acidente, de alguns discursos para ela na UTI e outros. Não contarei mais para não soltar spoilers, mas todos que me toquei são depois do acidente. Achei que faltou uma maior conexão entre alguns personagens, já que é de se imaginar que um acidente assim deixem as pessoas enlouquecidas e transtornadas, mas não é o que acontece, já que alguns familiares estão calmos demais.

Se Mia optar por ficar, ela terá que enfrentar uma dura realidade, mas sabe que tem pessoas que a amam que a ajudarão nesse momento negro de sua vida. Se ela optar por partir, se juntará aos seus pais e sua missão na terra terá acabado. Qual será a decisão final? Achei coerente a conclusão, mas faltou um maior desenvolvimento nessa parte fundamental do livro. 

A narrativa está em primeira pessoa por Mia e é direta, de fácil leitura e tocante. As páginas são amareladas e a diagramação está caprichada com notas musicais nas páginas. Os capítulos estão divididos por horário e formam 24 horas depois do acidente. A capa com as imagens do filme está belíssima e apaixonante. Estou super ansiosa para assistir ao filme e descobrir se é melhor que o livro.

Espero que o livro 2: "Quando ela se foi", me satisfaça mais porque não chorei com o "Se eu ficar" e que conclua a história com chave de ouro. Ótimo livro para refletir sobre a vida.


5 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Oi Joyce! Eu achei o livro legal, mas esperava mais, na verdade eu imaginava algo que me faria chorar muito e na verdade não aconteceu nada disso, faltou algo, já o filme preencheu as lacunas que o livro deixou e no final, a adaptação me fez sentir tudo que eu desejei sentir ma leitura.

    Bjos!! Cida
    Moonlight Books

    ResponderExcluir
  3. Oi linda!! Saudade de você!

    Mas eu vim pela resenha, rsrs. Entendo seu sentimento e porque ele mexeu com você. Algumas partes também mexeram comigo. Talvez até sejam as mesmas.
    Livros são assim, são escritos para algumas pessoas.

    Amei a resenha!!!!

    Bjks

    Lelê - http://topensandoemler.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  4. Oi amigaa!! concordo com a sua resenha, eu acredito que a autora poderia ter explorado, sei lá, em umas 40 páginas, logo no início, o relacionamento da Mia com a família dela e principalmente com o Adam, no livro todo eu fiquei carente dessa conexão com os dois justamente pelo fato do amor entre eles ter sido meio que empurrado pela garganta do leitor, foi uma coisa que nos foi imposta, a grosso modo. Tem emoção entre eles, mas não entre eles e o leitor, porque nós não tivemos essas páginas essenciais. Eu acabei tendo o mesmo problema com o filme, achei a Mia um pouco fria no filme, no livro eu achei ela meio chata hehe eu acho que a autora quis fazer a gente gostar dela meio que por sentir pena e compaixão devido a situação dela, e não porque a personagem é super legal, haja vista que mesmo antes da morte da família dela eu já estava antipatizando um pouco com ela hehe
    Mas lá pra frente no livro eu também me emocionei e é um livro muito bonito, espero que você goste do filme, como o livro é em primeira pessoal, no filme a gente acaba vendo algo mais completo, eu gostei mais do filme :) amei a resenha amiga! beijos!

    ResponderExcluir
  5. Olá tudo bom?
    Nossa, todo mundo amando o livro e eu sempre odiando e preferindo o filme. Eu sou mesmo do contra.
    Amei a resenha, e espero a do segundo livro logo para ver se leio ou não.

    http://penelopeetelemaco.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir

Seu comentário é muito importante para o blog.
Deixe seu link para que eu possa retribuir.
Obrigada e volte sempre :)

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...