Resenha do livro: E Viveram Felizes para Sempre de Julia Quinn

sábado, 28 de janeiro de 2017





                  Título original: The Bridgertons: Happily Ever After
             Editora Arqueiro
             Literatura Estrangeira/Romance de Época
             Número de páginas: 255


Sinopse: “Alguns finais são apenas o começo... Era uma vez uma família criada por uma autora de romances históricos... Mas não era uma família comum. Oito irmãos e irmãs, seus maridos e esposas, filhos e filhas, sobrinhas e sobrinhos, além de uma irresistível matriarca. Esses são os Bridgertons: mais que uma família, uma força da natureza. Ao longo de oito romances que foram sucesso de vendas, os leitores riram, choraram e se apaixonaram. Só que eles queriam mais. Então começaram a questionar a autora: O que aconteceu depois? Simon leu as cartas deixadas pelo pai? Francesca e Michael tiveram filhos? O que foi feito dos terríveis enteados de Eloise? Hyacinth finalmente encontrou os diamantes? A última página de um livro realmente tem que ser o fim da história? Julia Quinn acha que não e, em E” Viveram Felizes para Sempre”, oferece oito epílogos extras, todos sensuais, engraçados e reconfortantes, e responde aos anseios dos leitores trazendo, ainda, um drama inesperado, um final feliz para um personagem muito merecedor e um delicioso conto no qual ficamos conhecendo melhor ninguém menos que a sábia e espirituosa matriarca Violet Bridgerton.”

Atenção! Essa resenha contém spoilers dos livros anteriores


Todos os leitores que, assim como eu, são apaixonados por romances de época deveriam ler (ou já leram) Os Bridgertons. Uma família cativante formada por oito irmãos e irmãs que nos renderam boas risadas e suspiros ao longo dos oito livros anteriores.

Desde o início, sabíamos que a série Os Bridgertons seria composta por oito volumes e em cada um deles conheceríamos a história de um dos irmãos, sem que fosse seguida uma ordem cronológica entre eles. Cada volume era independente e, portanto, não precisávamos seguir a ordem de publicação – apesar disso ser uma ótima ideia rs. O último capítulo de cada um dos livros da série era destinado ao epílogo, o qual dava uma amostrinha de como havia sido o “felizes para sempre” do casal em questão. Algumas vezes, isso significava um salto de 10 anos no futuro, outras, de apenas alguns meses.

As páginas finais de cada uma dessas histórias sempre me arrancaram suspiros e me deixavam com um gostinho de quero mais. E pelo jeito, não foi só em mim que essa família apaixonante despertou tais sentimentos. Muitos fãs escreveram para a amada Julia Quinn querendo saber o que aconteceu com os irmãos depois que a última página foi virada.

Depois de tantos apelos, a escritora resolveu nos presentear com este último volume, nos mostrando mais um breve vislumbre da vida dessa família maravilhosa. Reunindo oito segundos epílogos e um conto sobre a matriarca mais amada dos romances de época, “E Viveram Felizes para Sempre” é um desfecho perfeito para uma série perfeita.

 No primeiro conto, adentramos novamente na vida de Daphne e Simon, do livro “O Duque e Eu”. Agora, com 21 anos de casamento, 4 filhos crescidos e um amor de dar inveja, nosso casal terá uma bela surpresa que deixará suas vidas ainda mais completas. Além disso, teremos a chance de saber o conteúdo das cartas deixadas pelo pai de Simon.

No conto seguinte, o qual se liga ao volume “O Visconde que me Amava”, além de um encontro sensual e divertido entre Kate e Anthony, temos uma reprise do jogo de Pall Mall, com todos os jogadores oficiais da primeira partida, de 15 anos atrás. No terceiro capítulo, vinculado a “Um Perfeito Cavalheiro”, ficamos sabendo o destino de Posy, a meia-irmã boazinha de Sophie (que fora ‘adotada’ por Violet) e conhecemos uma faceta da personalidade de Sophie que nem mesmo Benedict conhecia: a de casamenteira.

O próximo conto traz mais um pouquinho de Penelope e Colin, de “Os Segredos de Colin Bridgerton”. Nesse epílogo, ficamos sabendo a reação de Eloise ao descobrir que sua melhor amiga era Lady Whistledown. Além disso, podemos conhecer detalhes sobre o casamento de Eloise e Philip que nos foram negados em “Para Sir Philip, com amor”.

“Por toda a sua vida, Violet Bridgerton sempre fora a mais sensível e maravilhosa das mães. Sempre parecia saber do que seus filhos precisavam, exatamente quando precisavam – fosse uma palavra gentil, uma leve cutucada ou até mesmo uma tremenda bronca. Mas ali, naquele momento, parecia perdida.” (pág. 145)

O quinto conto é justamente sobre esse volume e reencontramos a enteada de Eloise, Amanda Crane – agora não mais a menina levada, mas sim uma linda e responsável mulher – descobrindo a paixão. Esse conto é o único escrito em primeira pessoa e traz um diálogo emocionante entre Philip e Amanda.
O próximo casal é Francesca e Michael, de “O Conde Enfeitiçado”. O que é mais marcante nesse segundo epílogo é a relação entre Francesca e Violet e a forma como o casal encara a dificuldade em ter filhos.

Na minha visão, o sétimo conto é o mais divertido. A profecia de Violet feita à filha em “Um Beijo Inesquecível” se mostra verdadeira e agora Hyacinth ‘sofre’ ao ter uma filha idêntica a ela. Isabella é simplesmente apaixonante e, mesmo adulta, deixa seus pais de cabelos em pé. Nesse conto também saberemos que fim levou os diamantes da avó de Gareth.

O último segundo epílogo é de longe o mais dramático – assim como o livro ao qual se vincula, “À Caminho do Altar”. Realmente teve momentos em que achei que o final de Lucy e Gregory não seria tão tranquilo assim (se bem que com nove filhos vai ser difícil ter sossego rsrs).

E por fim, podemos conhecer o “Florescer de Violet”. Nesse último conto, Julia nos conta como Violet conhece Edmund, ainda crianças. Depois, fala sobre o amor verdadeiro entre os dois, o nascimento da família Bridgerton, a forma como Violet enfrenta a perda de seu amor e como foi para ela criar os filhos praticamente sozinha. Além disso, temas como a convivência com a enorme família e um possível novo amor também são abordados.

Eu adorei todos os contos, mas esse foi de longe o melhor e, na minha humilde opinião, a jornada de amor, alegrias, tristezas, luto e esperança de Violet merecia um volume inteiro. A matriarca adorável dessa imensa família foi aos poucos ganhando espaço nos corações dos leitores da série e todos nós queríamos saber mais sobre a história de amor que deu origem à família mais amada dos romances de época.

Alguns fãs foram além e pediram para que a Julia escrevesse um final feliz para Violet, entendendo que só é possível ter um final feliz se ela encontrasse um novo amor. Contudo, a autora nos permite ver que é possível sim ser feliz sem ser/estar casado. A felicidade está nas pequenas coisas: no sorriso de um filho, no choro de um novo neto que acaba de vir ao mundo, em um abraço silencioso e na lembrança carinhosa daquele ente amado que já partiu, mas que sempre estará vivo em nossos corações.

E quando eu pensar nessa personagem maravilhosa, vou sempre me lembrar das coisas que a fizeram genuinamente feliz: 8 filhos, 33 netos, 5 bisnetos e um amor verdadeiro que jamais seria esquecido.

O título do livro é mais que perfeito e a capa está linda, assim como a capa dos demais volumes da série. As páginas são amareladas e a diagramação é simples. Antes de cada conto, temos um recado da Julia Quinn nos contando um pouco sobre o que esperar daquela história. Eu achei isso muito bom porque também nos ajuda a lembrar de certos detalhes lidos nos volumes anteriores.

Se você também ama essa série, com certeza amará esse livro, assim como eu. E, se por acaso, você ainda não conhece essa família inacreditável, está esperando o quê? Vem se apaixonar também!
Mais que favoritado! <3


Gabriele Sachinski

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