Resenha do livro: Qualquer Outro Lugar de A.G. Howard

sábado, 20 de agosto de 2016





  
                Título original: Ensnared
                Editora Novo Conceito
                Literatura Estrangeira/Ficção/Fantasia
                Número de páginas: 415


Sinopse: “Alyssa está tentando entrar novamente no País das Maravilhas. Os portais para o reino se fecharam, não sem antes levarem sua mãe. Jeb e Morfeu estão presos em Qualquer Outro Lugar, reino em que intraterrenos expulsos do País das Maravilhas estão vivendo. Para resgatá-los, ela precisa recorrer à ajuda de seu pai. Juntos, eles iniciam uma missão quase impossível para tentar resgatar entes queridos, restaurar o equilíbrio dos reinos e o lugar dela como Rainha. Alyssa precisa lutar não só com a Rainha Vermelha, um espírito malicioso que tem a intenção de refazer o País das Maravilhas à própria imagem, mas também reconstruir seu relacionamento com Jeb, o mortal que ela ama, e Morfeu, o ser fantástico que também reivindica seu coração. E, se todos tiverem sucesso e saírem vivos, eles poderão finalmente ter o felizes para sempre.”


Atenção! Essa resenha contém spoilers dos livros anteriores


Qualquer Outro Lugar é o desfecho arrebatador da fantástica trilogia Splintered. Quem leu minha resenha do volume anterior sabe que minhas expectativas para esse livro estavam lá em cima. Confesso que elas foram superadas, e muito.

A história começa exatamente onde Atrás do Espelho terminou, com Alyssa internada no manicômio. Essa foi a única saída que ela encontrou para não ser acusada de assassinar sua mãe e Jeb, que sumiram. Allie sabe para onde eles foram, mas ninguém acreditaria se ela contasse, já que sua mãe acabou ficando presa no País das Maravilhas e Jeb – juntamente com Morfeu – acabaram indo parar em Qualquer Outro Lugar, uma terra perigosa, em que não é permitido o uso de magia sem que esta traga consequências, como mutações, aos seres.

Agora, ela precisa encontrar um meio de tirar seus dois amores desse lugar terrível, resgatar sua mãe e restaurar o País das Maravilhas. Para isso, Alyssa resolve mostrar a seu pai memórias esquecidas que o ligam diretamente a esse reino fantástico e, principalmente, que o façam perceber o quanto sua esposa abdicou para viver o amor deles.

Com as memórias recobradas, Thomas torna-se uma peça fundamental nessa jornada maluca. Aproveitando a visita ao Trem das Memórias, Al vislumbra as lembranças que a Vermelha deliberadamente resolveu se esquecer. Ela espera que essas memórias possam servir de arma contra a Vermelha em uma batalha final.

“Talvez, ao me aproximar do meu lado sombrio, eu tenha lembrado à Vermelha que as memórias são uma parte de mim agora, não importa a distância que eu crie entre nós. Afinal, a Vermelha já fez parte do meu corpo uma vez. E ela será, para sempre, uma parte do meu sangue.” (pág. 48)

Quando Alyssa e Thomas conseguem, com muita astúcia, adentrar em Qualquer Outro Lugar, a história começa a pegar fogo. Morfeu é o primeiro que ela encontra e já a previne de que Jeb não é mais o mesmo. Isso porque ele parece ressentido e magoado pelas escolhas feitas por ela. Ela fica receosa em acreditar em Morfeu, devido ao seu histórico de mentiras e manipulações, porém, ao finalmente encontrar Jeb, ela vê que Morfeu não mentiu. Talvez ele até tenha suavizado os fatos.

Em um mundo bizarro e maldoso e com um Jeb irreconhecível e raivoso, Alyssa sente-se, mais uma vez, culpada por tudo. A tarefa de resgatar os dois para poderem ir salvar sua mãe e o País das Maravilhas começa a parecer quase impossível, visto que Jeb não quer sair daquele lugar e ela jamais irá deixá-lo para trás, pois, apesar de todas as suas dúvidas, ela sabe que ainda o ama.

Para deixar tudo pior, a Vermelha (que também está em Qualquer Outro Lugar) está no corpo da Copas – outra bruxa má, diga-se de passagem. Agora, os desejos insanos das duas se complementam e sobrepõem. Mas a Vermelha não está satisfeita com essa situação, afinal ela quer destruir Alyssa e o País das Maravilhas. E, agora que Al foi ao seu encontro, ela dificilmente vai deixá-la sair assim tão fácil.

Como sempre, vou reservar alguns parágrafos para o triângulo amoroso. Vocês bem sabem que eu sempre torci pelo Jeb, mas esse livro quase me fez mudar de opinião. Quase. Fiquei com muita raiva dele no começo, contudo, quando descobri o real motivo pelo qual ele estava se sentindo com raiva e que, é claro, tinha participação do manipulador Morfeu nisso tudo, eu voltei a torcer por ele. Mas confesso que, nesse livro, até o Mariposão conseguiu me conquistar...

Sabemos que cada lado da Alyssa anseia por um deles. O lado intraterreno, sombrio e insano ama Morfeu e o lado humano, sensível e inseguro ama desesperadamente Jeb. Será possível escolher apenas um? E, caso a escolha seja feita, o que isso pode significar para os dois reinos (o humano e o mágico)? E para o coração de Alyssa? Será que a escolha por apenas um dos lados de seu coração não acabará por matar o outro? 

Mas as respostas a nenhuma dessas perguntas será irrelevante caso Alyssa não seja capaz de derrotar a Vermelha, salvar sua mãe e restaurar o País das Maravilhas. E isso não será nada fácil.

A primorosa narrativa criada por Howard está, assim como nos outros livros, em primeira pessoa, na voz de Alyssa. A diagramação continua perfeita. E a capa? Apaixonante. Dessa vez, ela retrata Jeb, com toda a beleza daqueles lindos olhos verdes (<3). Só tem uma coisinha que eu não gostei: colocaram um número 3 na lateral do livro, sendo que nos volumes anteriores não há nenhum número. Na minha humilde opinião, podiam ter deixado sem, assim como nos outros volumes. Favoritado!

Obs.: Sei que a Novo Conceito já publicou que esse é o último volume da série, mas li na internet rumores de um quarto livro. Até o momento, somente a capa foi liberada, a sinopse continua um mistério. Espero que seja verdade, pois ainda não me sinto psicológica e emocionalmente preparada para dizer adeus a essa série apaixonante.




Gabriele Sachinski

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