Resenha do livro: Atrás do Espelho de A.G. Howard

terça-feira, 2 de agosto de 2016




           Título original: Unhinged
           Editora Novo Conceito
           Literatura Estrangeira/Ficção/Fantasia
           Número de páginas: 396



Sinopse: “Em O lado mais sombrio, a releitura dark de Alice no País das Maravilhas, Alyssa Gardner foi coroada Rainha, mas acabou preferindo deixar seus afazeres reais para trás e viver no mundo dos humanos. Durante um ano, ela tentou voltar a ser a Alyssa de antes, com seu namorado, Jeb, sua mãe, que voltou para casa, seus amigos, o baile de formatura e a promessa de ter um futuro em Londres. No entanto, Morfeu, o intraterreno sedutor e manipulador que povoa os sonhos de Alyssa, não permitirá que ela despreze o seu legado. O mesmo vale para o País das Maravilhas, que parece não ter superado o abandono. Alyssa se vê dividida entre dois mundos: Jeb e sua vida como humana... e a loucura inebriante do mundo de Morfeu. Quando o reino delirante começa a invadir sua “vida real”, Alyssa precisa encontrar uma forma de manter o equilíbrio entre as duas dimensões – ou perder tudo aquilo que mais ama.”

Atenção! Essa resenha contém spoilers do livro O lado mais sombrio


Atrás do Espelho é o segundo volume da trilogia Splintered, a continuação apaixonante de O lado mais sombrio. A história se passa quase um ano depois do desfecho do primeiro livro, quando Alyssa deixou como sua substituta no trono do País das maravilhas a Rainha Marfim e voltou para o mundo humano, com Jeb – que agora é seu namorado. Mas é óbvio que o tempo que ela passou em Wonderland deixou marcas em Al...

Além do romance, sua mãe recebeu alta do sanatório e ela pôde, enfim, ter a relação mãe e filha que sempre quis e, é claro, desvendar alguns mistérios do passado das mulheres da família Liddell. Mas, como sempre, nem tudo são flores. Jeb parece meio distante por causa do sucesso de suas obras de arte. Para piorar, Morfeu volta a atormentar seus sonhos. Ah, mas quem dera que ele ficasse apenas nos sonhos... Morfeu resolve tomar posse do corpo de um rapaz e se matricula na escola de Alyssa como um aluno de intercâmbio. Agora, com Jeb cada vez mais distante e Morfeu cada vez mais perto, todas as questões que Alyssa acreditava ter deixado para trás voltam à tona.

Morfeu, que é quem recebe o maior enfoque nesse livro, relata toda a decadência que o País das Maravilhas vem sofrendo desde que Alyssa voltou para o mundo real. Mas ela não está disposta a dar ouvidos a ele e deixar tudo o que mais ama aqui para salvar o mundo intraterreno. Mas, como diz o ditado, se Maomé (ou Alyssa) não vai à montanha (nesse caso, à Wonderland), a montanha vem até Maomé. Resumindo, os seres do País das Maravilhas começam a emergir no mundo real e Alyssa vê suas duas realidades se mesclando de uma forma que ela não consegue controlar.

Para coroar toda essa confusão, a Vermelha não foi destruída por Morfeu, como acreditávamos no fim do volume anterior. Pelo contrário, ela conseguiu fugir e habitar em outro ‘corpo’. Agora, ela está atrás de Alyssa para acertar algumas contas e reaver seu trono perdido. As únicas armas que nossa protagonista tem contra a vilã são seus mosaicos, que agora são feitos com pedaços de vidro e seu sangue mágico, revelando cenas de uma batalha que parece cada vez mais inevitável.

“Eu sou louca, e aceito isso. A loucura faz parte do meu legado. A parte que me levou ao País das Maravilhas e me valeu a coroa. A parte que me levará a enfrentar a Vermelha uma última vez, até que reste só uma de nós.” (pág. 392)

Alyssa novamente fica dividida entre a sanidade e a loucura, entre Jeb e Morfeu, entre o mundo real e o intraterreno. Mas um lado começa a prevalecer, afinal, o sangue intraterreno tem certo poder... Mas será que isso quer dizer que seu coração finalmente também vai pender para um lado? Boa pergunta.

Novamente, o triângulo amoroso tem certo destaque no enredo. Confesso que eu sou do time do Jeb, mas nesse livro ele quase me tirou do sério, pois, várias vezes, ele se comportou feito um perfeito babaca. Ainda assim torço por ele, pois não suporto o seu concorrente, rs. Morfeu sempre tem uma intenção escondida e tenta manipular Alyssa. Mas uma coisa não posso negar: os dois dariam sua vida por Al sem pensar (ou quase hehe).

O fim do livro me deixou atônita e ansiosa pelo volume seguinte. Espero não me decepcionar, pois depois dos dois primeiros volumes maravilhosos, minha expectativa para o próximo está lá em cima.

A narração está em primeira pessoa, na voz de Alyssa. As páginas e a diagramação seguem o mesmo estilo do volume anterior. E a capa? Novamente linda, linda, linda. Estou encantada. Dessa vez, ela retrata o intaterreno sedutor, Morfeu. No próximo volume, é a vez do Jeb. (suspiro) :)

A série já é uma das minhas favoritas, então é óbvio que eu super recomendo a leitura! 

Beijinhos.


      Gabriele Sachinski
                       

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