Resenha do livro: O Enigma das Estrelas de F.T. Farah

                 Editora Geração Jovem
                 Literatura estrangeira/Infanto-Juvenil
                 Número de páginas: 160

Sinopse: Uma aventura eletrizante, um enigma perturbador. Antes de ser queimado em praça pública, um padre amaldiçoa Morro do Ferro. Pouco depois, luzes misteriosas começam a perseguir seus moradores. O vilarejo mineiro, cercado por erosões sinistras, é o destino das férias de julho de cinco amigos: Jonas, Alfredo, Carola, Carmem e Vicentinho. No primeiro volume da saga Clube dos Mistérios, a turma é encorajada a acampar no topo do Morro dos Anjos. Uma experiência do outro mundo marcará suas vidas. Para sempre. Prepare-se para desvendar o enigma das estrelas. Mas tome cuidado. Alguém pode estar observando seus passos.

Jonas, Alfredo, Carola, Carmem e Vicentinho são amigos que vivem em regiões diferentes, mas sempre se encontram em Morro do Ferro, interior de Minas Gerais, para passar as férias. Nesse ano, nem todos querem ir como Alfredo por causa de uma garota e Jonas que queria ficar em casa jogando no computador, porém todos vão e dessa vez uma surpresa os aguarda.

Lá eles ouvem uma história antiga sobre um padre que se apaixonou por uma mulher e que foi pego no flagra pelo sacristão, que ao ver a cena, ficou revoltado e disse a todos que o padre servia ao demônio e que deveriam matá-lo para se livrarem da ira de Deus. O padre e a mulher foram amarrados em uma figueira na praça e queimados. Porém, antes de morrer, o padre amaldiçoou Morro do Ferro e coisas estranhas começaram a acontecer como luzes que perseguiam pessoas e animais que apareciam mortos sem várias partes do corpo. Há um grande mistério nesse lugar. Seriam demônios? Ou alienígenas?

Os amigos se encontram na casa de Jonas e os pais dele têm a brilhante ideia de mandá-los acampar, pois acham que será uma ótima oportunidade das crianças fazerem atividades saudáveis, se virarem sozinhas, se divertirem e aprenderem com a experiência, ganhando assim um pouco mais de maturidade.

Os pais acompanham os meninos e as meninas até o lugar onde irão acampar: O Morro dos Anjos. Eles deixam comida, uma barraca e os ensinam tudo o que precisam fazer. Eles os deixam lá e dizem que voltarão daqui a alguns dias. De repente, coisas bizarras acontecem e as crianças começam a pensar que todas as histórias que ouviram são reais.

“A vida nessa terra é um caminho curto. No fim, alguém estará esperando por nós. E vai nos conduzir.” Pág. 75

O Enigma das Estrelas não foi um livro que me chamou a atenção logo de cara, assim não criei expectativas e nem grandes sentimentos em relação a ele. Não tinha nada que me impulsionasse a gostar dele, mas é uma história tão fácil de ler que acabou me agradando. Ele, aos poucos, me conquistou e me fez recordar de momentos do passado, quando eu lia histórias semelhantes a essa. 

A história é destinada há um público em especial – crianças –, isso está bem explícito na capa. Ao ler, não consegui me ligar aos personagens, já que o livro é curtinho e não existe a possibilidade de uma maior interação com a história. Gostei muito que o autor citou acontecimentos reais e estudos feitos em relação ao tema abordado na trama. Ele nos mostra que não teve a ideia do nada, pois estudou, pesquisou e se importou em nos mostrar conhecimentos para que não ficássemos perdidos durante o livro.

O livro é narrado em terceira pessoa, a diagramação é trabalhada e as folhas são brancas. Adorei a capa porque ela me fez imaginar muitas possibilidades na história. Também gostei de todas as ilustrações e dos quadros de curiosidades que estão em todos os capítulos, pois tudo é muito criativo.

Ele é o primeiro livro da série Clube dos Mistérios que é composta por cinco livros. Ele é infanto-juvenil, mas não significa que apenas crianças devem ler, pelo contrário, eu recomendo que qualquer pessoa leia. É uma leitura rápida, bem leve e sem muitas complexidades. Eu gostei, pois me fez desprender de velhos conceitos e preconceitos que eu tinha e pude ver algumas situações de outro ângulo.

Yara Macêdo