Resenha do livro: Anjo Mecânico de Cassandra Clare

domingo, 21 de fevereiro de 2016




            Título Original: Clockwork Angel
            Editora Galera Record
            Literatura estrangeira /Fantasia
            Número de páginas: 387


Sinopse: Theresa Gray (Tessa) tem um anjinho mecânico pendurado no pescoço, um presente de família do qual nunca se separa. O tique-taque do pingente faz com que se sinta segura junto à lembrança dos pais, que já morreram. Mal sabe Tessa que esse barulhinho muito em breve vai ser tornar o odioso som de um exército comandado pelas forças do Submundo. Com os Caçadores de Sombras e seu recém descoberto poder sobrenatural, ela enfrentará uma guerra mortal entre os Nephilim e as máquinas do Magistrado, o novo comandante das trevas na Londres vitoriana.


Anjo Mecânico é o primeiro livro da trilogia “As Peças Infernais”, a segunda série situada no mundo dos Caçadores de Sombras de Cassandra Clare. Essa nova série mostra o mundo antes dos Instrumentos Mortais com uma perspectiva única sobre a magia e o mundo oculto nela. O livro começa com dois Caçadores de Sombras lutando contra um demônio, e em seguida, eles encontram uma garota morta na proximidade.

Depois disso, somos apresentados a Tessa Gray, garota órfã de dezesseis anos que precisa cruzar o oceano, de Nova York à Londres, após a morte da tia com quem vivia para morar com seu irmão que é seu único parente vivo. Mas ao chegar lá, é sequestrada pelas Irmãs Sombrias (Black e Dark), que a forçam a usar seus poderes de mudar de forma – que até então ela não sabia que tinha, enquanto ameaçam sua vida e a do irmão. Algum tempo depois, Tessa acaba sendo salva por Caçadores de Sombras e encontra abrigo no instituto de Londres, onde se vê no meio de um jogo de poder e lutas.

Tessa precisa ficar com os Caçadores de Sombras, pois junto com a chegada dela ao instituto, também chegou uma ameaça que ninguém sabe o que é ou quem é. Lá ela irá se juntar ao temperamental, maravilhoso e misterioso William Herondale (Will) e seu melhor amigo James Carstairs (Jem) cuja sua frágil beleza esconde um terrível segredo. Tessa usará seu poder e conquistará um lugar ao lado deles na batalha. Tudo isso para tentar descobrir quem é o Magistrado e qual é a origem de sua habilidade sobrenatural.

Me apaixonei por esse livro, pois ele é marcante, tem uma história muito boa e os personagens são maravilhosos. Sei que é quase impossível falar de Anjo Mecânico e não fazer nenhuma comparação com a outra série da autora, já que existem inúmeras semelhanças como: os plots das duas séries que são muito diferentes e parecidos ao mesmo tempo (temos uma garota aparentemente normal, que acaba descobrindo o mundo sobrenatural e que descobre possuir poderes extraordinários.)

Além disso, temos também o início de triângulo amoroso. A trama é excelente e em momento algum fiquei cansada ou entediada com a história. A Tessa é uma ótima personagem e me identifiquei muito com ela, já que tem uma paixão por livros e está sempre lendo.

“– Sempre se deve ter cuidado com os livros – disse Tessa – e com o que está dentro deles, pois as palavras têm o poder de nos transformar.” Pág. 84

Os outros personagens são igualmente bons. Will é totalmente engraçado, irônico, sarcástico, tem um humor ácido, uma autoestima elevada e é muito corajoso.  Ele é simplesmente incrível. O Jem é outra pessoa maravilhosa que mesmo com certas limitações,  nunca deixa de ajudar. Ele é completamente o oposto do Will. É sempre doce, cavalheiro, gentil e simpático com todos. A relação entre eles é ótima porque além de melhores amigos, eles são parabatai. Anjo Mecânico foi um dos livros mais cativantes, interessantes e perfeitos que já li. A autora conseguiu fazer um trabalho incrível e essa é a minha série preferida da autora.

O livro é narrado em terceira pessoa e é extremamente detalhando, seguindo o padrão de escrita dos Instrumentos Mortais com um narrador onisciente que sabe os pensamentos de todos os personagens. Também tem a narrativa em primeira pessoa por Tessa, Will, Jem e Charlotte. Nós somos apresentados a um mundo completo, detalhado e que é muito parecido com o nosso, tornando toda a história mais real e fácil de nos adaptamos ao ambiente, mesmo que seja em uma época vitoriana.

A história inteira se passa na antiga Londres Vitoriana, em 1878, de acordo com as datas mostradas no prólogo do livro. Podemos notar o estilo um tanto gótico com o uso de sobretudos e chapéus, vestidos e espartilhos, e isso traz um grande charme e classe ao livro. Além disso, se observamos Os Instrumentos Mortais, é possível ver que a Cassandra Clare amadureceu muito na escrita, já que mostra um universo mais sóbrio e bem trabalhado. A trama tem situações um pouco macabras, construções antigas e tem citações de vários lugares de Londres ao longo do livro.

O livro é muito bom. Recomendo que leiam As Peças Infernais primeiro e depois Os Instrumentos Mortais. Vale muito a pena.



Yara Macêdo

3 comentários:

  1. Oi, Yara! :)

    Eu amei Os Instrumentos Mortais e estou louca para começar As Peças Infernais ♥
    Acho incrível o modo como a Cassie consegue vagar pela linha do tempo, falando do presente, passado e ainda pensar em novas obras, tudo dentro de um único mundo!

    Beijos,
    Tia War
    http://voceetaolivro.blogspot.com.br/

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    Respostas
    1. Oi, Tia War.
      Também gostei muito de Os Instrumentos Mortais. Amo As Peças Infernais. As duas são ótimas. Sofri muito com elas. Gosto muito da maneira que a Cassie escreve, ela tem um domínio incrível sobre esse mundo. Tudo se encaixa. E ela ainda vai vagar muito por essa linha do tempo. Estou ansiosa para The Dark Artifices.
      Bjs:)

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  2. Oi Camila. Tudo bem?
    Que bom que gostou. Eu amo muito esse livro. Espero que você leia, vale muito a pena.
    Bjs:)

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