Resenha do livro: Identidade Roubada de Chevy Stevens

  

            Título original: Still Missing

            Editora Arqueiro

            Literatura Estrangeira - Drama / Suspense

            Número de páginas: 256

Identidade Roubada é um livro impactante e que mexe bastante com nossas emoções porque fala de um assunto traumático em uma perspetiva totalmente diferente, onde se pode acompanhar os 365 dias de cativeiro de Annie O`Sullivan e também o ano inteiro de relatos da protagonista à sua terapeuta.

Annie tinha uma vida normal incluindo um emprego como corretora e um namorado até que tudo muda drasticamente. Em um domingo enquanto trabalhava, tudo estava tranquilo e justo na hora de Annie ir embora, aparece um belo e sorridente cliente. Annie mostra a casa para ele e na saída a sequestra sem que ninguém os vejam. Ele a leva para um chalé nas montanhas iniciando assim o pesadelo de Annie.

Ela tem que atender as estranhas manias do maníaco, como ela o chama, e lá Annie vive um dos momentos mais triste de sua vida. Também vamos descobrindo o passado sofrido do maníaco dando a entender a origem de sua maldade.

Às vezes, volto ao dia do sequestro... repasso mentalmente minhas ações até os momentos finais do plantão, cena por cena, como um filme de terror que nunca acaba, um filme em que a gente não consegue impedir que a jovem abra a porta ou entre num prédio vazio.

O livro é narrado em primeira pessoa nas sessões de terapia e na terceira pessoa na descrição do sequestro. A violência sofrida por Annie é arrebatadora e devastadora para sua vida e no decorrer das investigações, depois que o sequestro acaba, (a cena é surpreendente de como ela consegue sair do cativeiro) a verdade é revelada e é chocante.

A vida de Annie vira do avesso, tendo que enfrentar todos os dias os desafios de ser uma ex-sequestrada e o mais importante, ter sido vítima de um plano de pessoas próximas. Cada dia é uma luta, buscando força e superação para apagar esse trauma e buscar os sonhos novamente.

A leitura vale muito a pena. Me fez pensar bastante sobre como o sofrimento pode ser uma barreira que deixa marcas profundas e difíceis de cicatrizar.

Annie foi uma das personagens mais marcantes e inesquecíveis  para mim, me fazendo pensar em sua triste história por bastante tempo.