Título original: Second chance Summer
Editora Novo Conceito
Literatura Estrangeira/Ficção
Número de páginas: 352
Editora Novo Conceito
Literatura Estrangeira/Ficção
Número de páginas: 352
“A família de Taylor Edwards não é muito próxima – todos estão ocupados demais com seus afazeres -, mas, quase sempre, eles se dão muito bem. Quando o pai de Taylor recebe más notícias sobre a saúde dele, a família decide passar, todos juntos, o verão na casa do lago Phoenix. Fazia cinco anos que eles não passavam o verão naquele lugar, que agora parece bem menor do que antes. E, apesar da tristeza, os momentos em família os aproximam novamente. Além disso, Taylor descobre que as pessoas que ela pensou ter deixado para trás, continuam ali: sua ex-melhor amiga e seu primeiro amor (que está muito mais bonito do que antes). Com o passar do verão, e com os laços refeitos, Taylor e sua família tornam-se cada vez mais conscientes de que estão correndo contra o tempo diante da doença de seu pai. Mas, apesar de tudo, o aprendizado que fica é que sempre é possível ter uma segunda chance.”
“Um
verão para recomeçar” conta a história de tantas famílias que, assim como a de
Taylor Edwards, acaba se unindo por causa de uma tragédia. Quantas vezes nós
mesmos não nos encontramos com nossos familiares somente em funerais? E então, somente
nesse momento, percebemos o quanto perdemos em não nos aproximarmos daqueles
que amamos?
O
enredo gira em torno de Taylor e sua família, logo após receberem a notícia de
que o pai, Robin Edwards, estava com câncer pancreático e provavelmente só lhe
restaria o verão que se aproximava. Os Edwards ficam extremamente chocados e
abalados com essa notícia, pois o pai não apresentava sinais de que estava
morrendo – pelo menos não até aquele momento.
Como
seu último desejo, o pai gostaria que a família toda viajasse para a casa deles
no Lago Phoenix, a fim de passarem o verão juntos e retomarem uma antiga
tradição que fora abandonada 5 anos antes – quando eles deixaram que outras
atividades tomassem conta do tempo que eles passavam juntos.
“– Ele está com câncer – disse em voz alta pela primeira vez. Engoli em seco e me forcei a continuar, dizendo a palavra que eu nem ao menos conhecia até alguns meses atrás, e que agora odiava mais do que qualquer outra no mundo.” (pág. 202)
Claro
que todos aceitam, embora ninguém mencione o que se passa na mente deles: o fim
de cada dia desse verão significaria um dia a menos para seu pai. Para Taylor,
essa viagem se mostra ainda pior, isso porque, há 5 anos, ela deixou assuntos
mal resolvidos, chamados Lucy e Henry, no Lago Phoenix.
Já
nas primeiras semanas do verão, as coisas parecem não poder piorar para Taylor,
visto que Henry, seu ex-namorado, agora é seu vizinho e Lucy, sua ex-melhor
amiga, é sua colega de trabalho. Para piorar, nossa protagonista é bem imatura,
mesmo para uma garota de 17 anos, pois ela prefere fugir de seus problemas a
ter que enfrentá-los. Porém, dessa vez, ela não pode fazer isso, pois, por mais
que ela fuja, o câncer de seu pai permanecerá no mesmo lugar, levando-o aos
poucos.
É
bem interessante acompanhar o amadurecimento de Taylor com o decorrer dos
fatos, pois ela consegue fazer da situação toda uma oportunidade de aprender
com seus erros do passado e recomeçar.
Acredito
que seja meio óbvio que a doença acaba por levar o pai dela, mas a forma com a
qual a autora descreve a piora do quadro de Rob é bem realista e a dor de
Taylor é palpável – me levando, várias vezes, às lágrimas.
O
livro é muito bem escrito e envolvente, com narração em primeira pessoa,
levando-nos a sentir o que a protagonista sente. O título está em relevo na
capa, concedendo um charme especial ao volume. As folhas são amarelas e o livro
é dividido em partes, cada uma delas com uma bela arte.
Eu mais do que recomendo a leitura desse livro,
pois ele nos faz refletir sobre quantas vezes deixamos de aproveitar nosso tempo
ao lado daqueles que amamos, e, principalmente, porque ele nos faz questionar
sobre quantas vezes dissemos aos nossos pais o quanto os amamos, o quanto somos
gratos por tudo o que eles fizeram por nós – afinal, a Taylor ainda teve um
verão para se despedir de seu pai, mas quantos de nós sequer tivemos/teremos
essa chance?
Gabriele Sachinski.
Gostei muito da sua resenha, ainda não conhecia o livro!
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