Resenha do livro: Fortaleza Impossível de Jason Rekulak

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017
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               Título original: The Impossible Fortress
           Editora Arqueiro
           Ficção / Literatura Norte Americana 
           Número de páginas: 271

Sinopse: “Até maio de 1987, Billy Marvin - um garoto de 14 anos que mora numa pequena cidade em Nova Jersey - é definitivamente um nerd feliz. Ele e seus amigos inseparáveis, Alf e Clark, passam as noites se empanturrando de biscoitos e milk-shakes diante da TV, assistindo filmes e conversando sobre música, cinema e seriados. Com a mãe trabalhando no horário noturno e a casa toda para si, Billy vara a madrugada fazendo aquilo que mais ama: programando videogames em seu computador. Mas então a Playboy publica as fotos escandalosas de Vanna White, a famosa apresentadora de TV por quem os três são fascinados. Como ainda não são maiores de idade para comprar a revista, eles planejam um ousado assalto para roubá-la. É quando Billy conhece a brilhante, enigmática e também nerd Mary Zelinsky, e tudo começa a mudar...”

Billy Marvin é um garoto de 14 anos que vive na década de 80, apaixonado por games (o que era meio escasso na época, já que computadores eram artigos de luxo). Seus amigos, Alf e Clark, não entendem essa sua preferência e só conseguem pensar no novo volume da Playboy estrelada por Vanna White, a apresentadora mais sexy da américa.

Como eles não têm idade para comprar a revista, os meninos se veem obrigados a bolarem um “plano milabolante” (assim mesmo, igual ao do Cebolinha) para conseguir olhar essas fotos que vêm ocupando as cabecinhas de vento deles.

O plano é o seguinte: um deles vai seduzir Mary Zelinski, filha do dono da loja onde vende a revista, para convencer ela a entregar o código de segurança do alarme para que eles possam invadir a loja durante a noite, pegar a revista e deixar o dinheiro – nisso eles são fofos, não pensam em roubar, apenas comprar em um horário não muito adequado rsrsrs.

Nesse meio tempo, Mary conta para Billy que acontecerá um concurso de desenvolvimento de games na cidade e insiste para que ele se inscreva. Entretanto, o garoto sabe que seu jogo, apesar de ter uma boa ideia, precisa de um up, e combina com Mary de eles trabalharem juntos no programa e depois se inscreverem no concurso, como sócios.

Então, para poder passar mais tempo com a menina sem que seus amigos pegassem no seu pé, Billy se oferece para ser o sedutor de Mary. Assim, ele uniria o útil ao agradável: trabalharia em seu jogo e ainda, de quebra, conseguiria o código de segurança. E assim ele faz.

“Listei os comandos e examinei o seu código, um longo bloco de ideias que eu nunca imaginaria, estratégias que eu nunca havia experimentado e uma atitude completamente diferente em relação à programação. Eu me senti pintando com os dedos ao lado de Pablo Picasso.” (pág. 90)

Só que quanto mais tempo ele passa com Mary, menos ele pensa em Vanna White, porém admitir isso para seus amigos seria o mesmo que sentenciar sua morte social: eles zoariam Billy pelo resto da vida – não por se apaixonar por uma garota, mas por se apaixonar por uma garota gorda. Essa parte eu não gostei muito, porque eu pensei que seria uma boa brecha para que Billy defendesse a garota, mostrando seu bom caráter, mas ele não faz isso. Pelo contrário, quando está com seus amigos, desdenha da garota (grrrrr).

A partir daqui, as coisas saem do controle, desencadeando uma série de acontecimentos conectados: o relacionamento entre Mary e Billy toma proporções inesperadas, a invasão na loja acaba se tornando em um momento de vingança e vandalismo, a polícia é acionada, Mary choca toda a cidade (eu também) e, finalmente, o concurso de games acontece.

A história é narrada em primeira pessoa, na voz de Billy. As páginas são amareladas, e a diagramação é caprichada. O enredo, embora meio bobinho, acaba sendo bonitinho haha. No meu ponto de vista, o mais interessante é toda a atmosfera dos anos 80 que o autor conseguiu introduzir no livro, por meio do computador Commodore 64 (enorme, mas topzinho na época), dos disquetes e das músicas que compunham a sua trilha sonora.

Indico a leitura para aqueles que não querem uma história complexa, só um passa tempo mesmo. Agora, o jogo que dá título ao livro e que é desenvolvido por Billy e Mary eu indico para todos hahahahha. Clica no link abaixo e vem se viciar também :) http://jasonrekulak.com/game/


GABRIELE SACHINSKI

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