Resenha do livro: O Milagre de Nicholas Sparks

quarta-feira, 14 de setembro de 2016




                        Título original: True Believer
                        Editora Arqueiro
                        Literatura estrangeira/Romance
                        Número de páginas: 288


Sinopse: Jeremy Marsh é um jornalista cético que dedica a vida a investigar e desmentir fenômenos sobrenaturais. Ele está no auge do sucesso, prestes a ir trabalhar na TV, quando recebe uma carta curiosa. Nela, uma senhora relata a ocorrência de luzes estranhas e fantasmagóricas no cemitério de Boone Creek, uma pequena cidade na Carolina do Norte. Farejando uma boa história, Jeremy sai de Nova York e vai passar uma semana lá. Quando começa suas investigações, ele conhece a obstinada Lexie Darnell. Responsável pela biblioteca local, ela está determinada a proteger as pessoas e a cidade que tanto ama – e nem um pouco disposta a confiar no forasteiro. Depois de sofrer pelo término de dois relacionamentos, ela tem duas certezas: a primeira é de que seu lugar é em Boone Creek, e a segunda é de que não se pode acreditar num homem tão sedutor quanto Jeremy. O que ela não imagina é que o jornalista também tem suas feridas. Ele nunca conseguiu superar completamente a dor de seu casamento desfeito e a frustração de saber que jamais poderá ser pai. Enquanto tenta descobrir a verdade por trás das luzes do cemitério, Jeremy tem que desvendar também os próprios sentimentos e se vê diante de escolhas muito difíceis, entre elas a de voltar para a vida que conhece em Nova York ou fazer algo completamente novo: acreditar. O milagre é um romance que explora os maiores mistérios de todos: os do coração.


Jeremy Marsh é o típico cara da cidade grande, agitado e que gosta de barulho. Colunista na revista Scientific American, ele complementa sua renda escrevendo artigos desmentindo fatos tomados como sobrenaturais. Da última vez, ele desmascarou um homem que se passava por vidente/sensitivo/mágico em plena TV, o que fez com que a popularidade de Jeremy aumentasse. Devido a isso, ele passou a receber diversas cartas de telespectadores que pediam para que ele investigasse certos acontecimentos tidos como sobrenaturais.

Uma dessas correspondências era de Doris McCllelan, da cidadezinha de Boone Creek. Na carta, ela pedia para que Jeremy fosse até lá para investigar algumas luzes fantasmagóricas que aparecem à noite no cemitério da cidade. Ele aceita e viaja até lá, mas começa a contar os dias para voltar para casa.

Boone Creek é uma cidadezinha localizada no sul da Carolina do Norte. Como toda boa cidade interiorana, todo mundo conhece todo mundo. Sendo assim, Jeremy é um estranho em um mar de conhecidos. Assim que chega à cidade, ele vai conhecer Doris. Ela é dona de um restaurante e dizem ter o dom de prever o sexo dos bebês. Cético como é, Jeremy começa a se questionar se sua ida até lá não passou de um erro.

Sem saber ao certo onde começar suas pesquisas e com uma internet de péssima qualidade, ele decide ir até a biblioteca da cidade a fim de encontrar alguns fatos que possam dar alguma ideia do real motivo da aparição das luzes. É lá que ele conhece Lexie Darnell, a bibliotecária da cidade.

Lexie perdeu os pais em um acidente quando ainda era criança, então foi criada pela avó, Doris (sim, a mesma da carta). Ao contrário de Jeremy, Lex é a típica garota do interior e não admite que falem mal do modo como as pessoas vivem em Boone Creek. Com um péssimo histórico em relacionamentos amorosos, ela não acredita mais que um dia irá encontrar seu verdadeiro amor. 

Bom, pelo menos nisso ela e Jeremy combinam, já que ele é divorciado e sente-se um completo incompetente nos assuntos amorosos. Resumindo, podemos dizer que ele é um chato e que não acredita em nada que não possa ser cientificamente comprovado, incluindo o amor.

“Um dia, você vai aprender uma coisa que não pode ser explicada pela ciência. E quando isso acontecer, sua vida vai mudar de uma maneira que você não pode nem sequer imaginar.” (pág. 59) 

Não há como negar a atração entre Lexie e Jeremy, mas posso garantir que ela vai levar um tempão para admitir isso. Enquanto tenta conquistá-la, ele continua as investigações a fim de resolver o caso das luzes no cemitério (que acabou ficando meio que em segundo plano na história). Aos poucos, ele começa a perceber que talvez nem tudo seja tão preto no branco quanto ele imagina. É quando ele começa a pensar nisso que alguns milagres começam a acontecer em sua vida.

A história é narrada em terceira pessoa e começa meio enrolada, mas acelera (até demais) no fim. A capa segue bem o estilo dos livros do Nicholas Sparks e, particularmente, eu acho uma gracinha. A diagramação é simples, as páginas são brancas e a fonte é pequena, o que dificulta um pouco a leitura.

Eu sempre gostei dos livros do Nicholas e amo de paixão a forma como ele escreve. Sei que as obras meio que seguem um roteiro, mas gosto mesmo assim. Falando em roteiro, O Milagre foge dele e talvez, por isso, ele seja o livro que os fãs do tio Nick dizem menos gostar... 

Enfim, esse não é o meu livro favorito do autor, mas vou indicá-lo mesmo assim, pois a história é linda e nos faz acreditar que o verdadeiro amor existe sim, mesmo que demoremos a encontrá-lo.

Obs.: “À primeira vista” é a maravilhosa continuação de “O milagre” e não vai ter graça alguma se você deixar de ler o primeiro. Garanto, vale o esforço ;).



Gabriele Sachinski


4 comentários:

  1. Olá Gabriele,

    Esse livro está na minha lista de desejados e mesmo com a sua ressalva eu gostaria muito de ler...ótima resenha...bjs.

    devoradordeletras.blogspot.com.br

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    Respostas
    1. Oi, Marco

      Apesar dos pesares, é um bom livro. Espero que goste :)

      Abraços.

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