Resenha do livro: Ligeiramente Casados de Mary Balogh

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015





              Título original: Slightly married
              Editora Arqueiro
              Literatura estrangeira/Romance de época
              Número de páginas: 288


Sinopse: À beira da morte, o capitão Percival Morris fez um último pedido a seu oficial superior: que ele levasse a notícia de seu falecimento a sua irmã e que a protegesse "Custe o que custar!". Quando o honrado coronel lorde Aidan Bedwyn chega ao Solar Ringwood para cumprir sua promessa, encontra uma propriedade próspera, administrada por Eve, uma jovem generosa e independente que não quer a proteção de homem nenhum. Porém Aidan descobre que, por causa da morte prematura do irmão, Eve perderá sua fortuna e será despejada, junto com todas as pessoas que dependem dela... a menos que cumpra uma condição deixada no testamento do pai: casar-se antes do primeiro aniversário da morte dele o que acontecerá em quatro dias. Fiel à sua promessa, o lorde propõe um casamento de conveniência para que a jovem mantenha sua herança. Após a cerimônia, ela poderá voltar para sua vida no campo e ele, para sua carreira militar. Só que o duque de Bewcastle, irmão mais velho do coronel, descobre que Aidan se casou e exige que a nova Bedwyn seja devidamente apresentada à rainha. Então os poucos dias em que ficariam juntos se transformam em semanas, até que eles começam a imaginar como seria não estarem apenas ligeiramente casados... 


Ligeiramente Casados é o primeiro livro da série 'Os Bedwyns' que é composta por 3 irmãos e 3 irmãs pertencentes a aristocracia. Eu adoro romances de época e estou adorando esses títulos da editora Arqueiro. Apesar dessa série não ser nem da Lisa Kleypas e nem da Julia Quinn (fiquei mal acostumada com o envolvimento extremo e viciante de toda a família nos livros delas, o que não acontece nesse caso),  é ótima para se aventurar numa época distante. Nesse livro conhecemos o irmão Aidan Bedwyn e Eve Morris.

A história é sobre Lorde Aidan que acaba ouvindo o último pedido do seu capitão Percival Morris, onde pede para levar a notícia de seu falecimento à sua irmã Eve e que ele a proteja "custe o que custar". Aidan é um homem alto, musculoso, imponente, com uma fachada de austeridade, mas é bondoso e honesto. Ele sempre foi um homem de palavra e como está de férias, decide passar primeiro na propriedade de Eve para dar-lhe a terrível notícia. Chegando lá, ele descobre uma propriedade bem cuidada e fértil que é administrada pela moça e por seus funcionários que são pessoas "rejeitadas pelo restante da população", ou seja, deficientes ou aqueles que tiveram atitudes "imorais", mas são honestos e trabalhadores.

Eve fica chocada com a notícia, pois Percival era seu único irmão e diz para o capitão não se preocupar. Aidan ainda fica com aquela frase na cabeça e decide investigar, já que Percival não o pediria para protegê-la se não tivesse fundamento. Ele descobre que Eve está preste a perder sua propriedade e fortuna para seu primo por causa de uma cláusula do testamento e da morte prematura de seu irmão, a menos que ela se case antes do primeiro aniversário de morte do pai. 

Eve tem 25 anos e é independente, bonita, inteligente e orgulhosa. Ela queria se casar por amor, por isso sempre adiou o casamento. Ela estava esperando seu antigo affair voltar de viagem para se casar, mas ele não teve a decência para isso. Com medo de não ter como proteger as pessoas que trabalham para ela e os dois órfãos que ela adotou como filhos, ela acaba aceitando o pedido. Aidan nunca pensou em se casar por não ter se apaixonado, aliás sua vida é nos campos de batalhas e não tem como criar raízes com essa vida. Ele estava paquerando sutilmente a filha de um militar que estava acostumada com viagens e a guerra, mas seria um casamento por conveniência também.


"Talvez, pensou Eve, fosse porque ela tivesse tido outro vislumbre interessante por trás daquela fachada... dessa vez de um homem cuja severidade escondia sofrimento. Ele era um homem que devotara a vida adulta ao dever -à família, ao rei e ao país -e, ainda sim, se via como um assassino. Eve sentiu uma súbita e inesperada onda de ternura pelo marido." pág 158

Aidan e Eve concordam em ser um casamento de fachada e ele partiria para sua vida militar e ela ficaria no campo. Eve já estava conformada com sua vida de solidão que estaria por vir e fez isso pelas pessoas que ama. O problema foi que o irmão mais velho de Aidan e Duque de Bedwyn fica sabendo do acontecimento e vai buscar Eve porque não quer que a imagem dos Bedwyn fique manchada por uma casamento de conveniência. Ele quer que Eve seja apresentada oficialmente a corte e a rainha como esposa de Aidan. 

Com isso, Eve e Aidan convivem como um casal por várias semanas e isso faz com que tenham sentimentos amorosos um pelo outro, apesar de não contarem para ninguém. Os dois são super cabeças duras e não dão o braço a torcer, por isso brigam muito e não se declaram. Eve acredita que é melhor deixar Aidan livre para partir para suas missões e Aidan acredita que é melhor deixar Eve no campo com seus filhos adotivos. 

Porém, como o amor é um sentimento que ninguém controla, eles terão que decidir se vivem essa paixão e se tornam marido e mulher verdadeiramente ou se separam para sempre. Senti falta de um maior envolvimento de todos os Bedwyn como citei acima, porém o livro me agradou e fiquei curiosa para continuar acompanhando as aventuras dessa família cheia de problemas, mas com muito amor para dar.

A narrativa está em terceira pessoa é bem fluída e leve. As páginas são amareladas e a diagramação é simples. A capa está linda e com toque romântico vintage. Será que os dois tão diferente na personalidade, mas tão autossuficientes, estão dispostos a descobrir que precisam, sim, um do outro? Só lendo para saber.


Um comentário:

  1. Olá Joyce,

    Essa série é super comentada e lida por muitos, gosto de romances de época e vejo que irei gostar dela, mas não é o momento ainda, parabéns pela resenha....abraço.


    devoradordeletras.blogspot.com.br

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