Resenha do livro: Correndo para Você de Rachel Gibson

sexta-feira, 30 de junho de 2017




            Título original: Run to You
         Jardim dos Livros – Geração Editorial
         Romance/Literatura norte-americana
         Número de páginas: 247

Sinopse: “Stella Leon é uma bela mulher. Aos vinte e oito anos ela já viveu muitas aventuras em Miami, onde vive e trabalha como garçonete. Brigas, sensualidade e rock’n roll fazem parte de sua rotina. Mas o que está prestes a acontecer colocará sua vida de pernas pro ar! Um homem misterioso (e lindo) está à sua procura. Ele traz notícias de um passado que Stella não quer lembrar, e para onde não pretende voltar de jeito nenhum. Por que ela deveria deixar tudo pra trás e ir com ele para o interior do Texas? Por algum motivo, Stella confia nele. Por alguma razão ela se sente totalmente quente perto dele...”

“Correndo para Você” é o segundo volume da série Military Men – o primeiro é “Salve-me” (link da resenha). Apesar disso, não há qualquer necessidade de ter lido o anterior para ler este, pois as histórias são independentes (embora apresentem algumas semelhanças).

Stella Leon tem 28 anos e considera-se uma mulher forte e independente. Sua mãe foi trabalhar de babá da filha de um rico fazendeiro do interior do Texas e viu nele a oportunidade de melhorar de vida: engravidou de Stella. Porém, ao invés de ser promovida de empregada a esposa, o que Marisol conseguiu foi uma passagem de volta para o México, uma graninha para comprar uma casa, alguns cheques para manter a criança e uma poupança que deveria ser passada à menina quando esta completasse 25 anos. 

E foi assim que Stella cresceu, sabendo-se rejeitada pelo pai por ser a filha bastarda, enquanto a filha legítima, Sadie (protagonista de “Salva-me”), era criada como uma princesa do Texas. Por isso que, mesmo após completar 25 anos, ela se recusou a assumir o controle sobre sua poupança, passou-a para o nome de sua mãe e foi tentar ganhar a vida, por seu próprio mérito (só aí ela já ganhou uns pontinhos comigo rsrs).

E então, o pai dela morre. Stella, como a bastarda rejeitada, nada sente. Sadie, por outro lado, descobre que tem uma meia-irmã, cuja existência ela jamais desconfiou, e tenta encontrá-la. Para isso, ela e Vince, seu noivo, pedem um favor a Beau Junger, amigo de Vince e ex-fuzileiro da Marinha Americana, que possui uma Agência de Logística e Segurança e certa facilidade em rastrear/espionar pessoas. A tarefa dele, então, seria encontrar Estella Immaculada Leon-Hollowell e dizer-lhe que sua irmã, Sadie Jo Hollowell, gostaria de conhecê-la. Simples, rápido e fácil, não é?

Bom, seria. Caso Stella não estivesse sendo atacada por seu chefe – que, só para constar, tem acordos com a máfia – quando Beau a encontra e, com seu temperamento tranquilo de quem já atuou como atirador de elite em guerras demais, resolve quebrar a mandíbula de Ricky. É claro que isso enfureceu o homem, que mandou dois capangas, os irmãos Gallo, ao apartamento de Stella para querer saber o nome de Beau.

Agora, além de ter uma irmã com a qual não tem certeza se quer contato, estar desempregada, sem poder voltar ao seu apartamento, nossa mocinha precisa escapar da máfia. Como? Pedindo ajuda ao herói, é claro.

“Os lábios dele estavam apenas um pouco acima dos dela, e ela tentou imaginar se ele a beijaria. De novo. Se ele faria aquela coisa que a fazia sentir-se consumida e depois empurrá-la. De novo. Ela não queria ser deixada de lado. Facilmente abandonada. De novo.” (pág. 154)

Mas é óbvio que contar com a ajuda de um ex-fuzileiro, louro, alto e sarado não vai dar certo, não é? Ou vai, dependendo da concepção sobre o que é certo...
Como Beau é meio (bem) responsável pela atual situação de Stella, ele promete salvá-la e levá-la até Sadie, afinal, essa era sua missão desde o início. Como ela se recusa a ir de avião ou ônibus, a solução será dirigir até Lovett, Texas, durante seis dias. Seis dias! É claro que vai rolar algo entre eles, né minha gente?

Pois é, mas tem mais complicações por aí: nossa mocinha é virgem. Isso mesmo. Uma virgem de 28 anos que prometeu a si mesma que só se entregaria para o homem que amasse e com o qual fosse se casar (mas isso não a impede de ‘brincar’ um pouquinho, veja bem hahaha). Beau decidiu que não vai mais fazer sexo por sexo, só com a mulher que será sua futura esposa. Mas então tá fácil, certo? Simples: casem os dois e pronto.

Mas não, vamos complicar. Ele não se envolve com mulheres que sejam parentes de amigos seus e nem com clientes duas. Stella é as duas coisas, pois será cunhada de Vince quando este se casar com Sadie; e faz parte da sua missão atual. Mas eles estão tão pertos... 

Além dessa parte do romance, a história traz uma reflexão bem legal sobre as relações entre familiares, em especial entre irmãos. Stella vai conhecer uma irmã que nunca sequer viu, mas de quem sempre soube. O medo de não agradá-la a deixa maluca, com direito a crises de pânico e tudo. Beau tem uma relação conturbada com o pai (um canalha) e um irmão gêmeo com temperamento tão explosivo quanto o dele. As discussões entre os dois são divertidíssimas. Além de serem fisicamente idênticos, ambos serviram aos Estados Unidos em guerras e Blake está com crises de estresse pós traumático. Beau sabe que convencê-lo a buscar tratamento vai ser mais difícil do que decidir o que fazer com Stella (e olha que ele não faz nem ideia de como agir com ela...).

A história é narrada em terceira pessoa e o foco alterna entre os protagonistas. As páginas são amarelas e a diagramação é simples. Os capítulos não são muitos longos, assim como no volume anterior. A capa está bem ao estilo dos livros da Rachel e com a cara do Texas. O texto apresenta alguns problemas de língua, mas nada que atrapalhe a leitura.

Como se trata de uma “continuação” da série, foi inevitável não comparar os dois livros e devo confessar que preferi o anterior. Apesar desse enredo também ser muito bom, as coisas foram acontecendo rápido demais e não tiveram nenhuma abordagem mais profunda, como aconteceu com os transtornos de Vince, no volume anterior. A questão da máfia, por exemplo, foi totalmente deixada de lado. Até as cenas mais hots, marcas da autora, estavam mais pra mornas que quentes.

Mesmo assim, vale a pena ler, até porque é uma leitura bem rápida e envolvente. Recomendo!


Gabriele Sachinski

Um comentário:

  1. Salve-me não é o primeiro livro, ele faz parte de Lovett, Texas. ;)

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